quinta-feira, 6 de junho de 2013
Tom Zé lembra sua relação com a publicidade e conta por que desistiu de ser dono de jornal
Entre artistas, intelectuais, jornalistas nacionais e estrangeiros e simplesmente amantes da música brasileira, Tom Zé é quase unanimidade. Em março deste ano, porém, o músico e compositor, natural da cidade baiana de Irará, foi vítima de críticas no Facebook. Não pelo fato de uma composição ter desagradado fãs ou seguidores, mas por ter emprestado a voz para um comercial da Coca-Cola sobre a Copa do Mundo. “Vendido”, “traidor”, “rendido ao capitalismo” e outras expressões foram utilizadas contra um dos ícones da Tropicália.
A revolta vinda das redes sociais lançava sobre o cantor a culpa por representar uma marca, segundo alguns, símbolo do capitalismo. Inicialmente, ele achou que as críticas e comentários eram “uma maneira esportiva de levar a situação”. Mas quando se deu conta do teor das mensagens e do desconforto que foi criado, admite ter perdido o sono. Marcus Preto, jornalista que escreve sua biografia, lembra que Tom Zé ficou muito mal com a situação. “Ele se comove com a opinião das pessoas. O que aconteceu o afetou diretamente.”
Quando o jornalista soube da repercussão, o cantor já tinha postado na rede social um “meã culpa”, o que só piorou a situação. Para responder com classe às críticas, que, mesmo sendo minoria, foram pesadas, Preto sugeriu a Tom Zé que utilizasse o episódio como inspiração para um disco, o que gerou o compacto “Tribunal do Feicebuqui”, que será lançado no meio do ano. Nele, com a ajuda de músicos como Emicida, Daniel Maia, Tatá Aeroplano e as bandas O Terno, Filarmônica de Pasárgada e Trupe Chá de Boldo, o artista responde a quem falou bem e a quem falou mal, fazendo a analogia da rede social com um tribunal.
Fonte: Portal Imprensa
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