Um dos maiores desafios para nós jornalistas, é como se portar em uma entrevista. Como fazer aquela pergunta chave que trará a resposta que você tanto procurou. Pois bem, dentre várias técnicas que são usadas por vários jornalistas. O interessante é que justo em uma área pouco valorizada por profissionais da área é que se pode estar descobrindo (ou redescobrindo) a maneira de se entrevistar alguém.
Em recente palestra ministrada pelo professor Ms. Ricardo Santhiago Corrêa (USP), com o título Memória, Patrimônio e Cidadania: as possibilidades da História Oral, e me intrigou o fato do jornalismo às vezes não usar algumas técnicas que são desenvolvidas nas pesquisas de história oral para as entrevistas em geral.
Talvez isso se deva ao fato de as empresas de comunicação sempre visarem o lucro e tenham “viciado” a grande massa a querer assistir coisas fúteis e repetitivas e não se preocupar em ouvir histórias de vida de pessoas comuns. Ou seja, as pessoas se interessam apenas pela vida das celebridades, pouca gente pode se interessar por uma história comum de um transeunte qualquer.
Por conseguinte, temos entrevistas onde quem mais aparece é o jornalista, quando na verdade o personagem principal deveria ser o personagem a quem se está perguntando. Muitas vezes não se deixa contar as histórias na íntegra, o que, com certeza ajuda a definir a entrevista como um desafio para o jornalismo, que deveria olhar com mais cautela para esse campo da história oral.
Essa é a minha reflexão para vocês, caros amigos comunicadores.
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