É um erro comum entre colegas de Universidade chamar o curso de jornalismo de "Ciência Humana". Na verdade, a graduação, junto com as demais de Comunicação Social, devem ser entendidas de outra maneira.
As Ciências Humanas são assim porque tratam diretamente da ação humana, levam em consideração o individual, coisa que ultimamente não vemos na grande imprensa brasileira (com raras exceções). Ser uma "Ciência Humana" é muito mais do que cumprir um papel social (outra coisa que fica para trás em algumas atrações jornalísticas).
O jornalismo na verdade está, cada vez mais, tornando o espaço privado e individual das pessoas, um espaço de interesse público, mas isso sem levar em consideração o Ser Humano. Exemplo:
Em uma Reportagem sobre um crime, o repórter vira para um parente de vítima e pergunta: "O que você sente sobre isso?"
Ele (o repórter) nunca vai perguntar: "O que você reflete sobre tudo isso?". Simplesmente porque isso não interessa aos grandes meios. A verdade da imprensa tem que estar com o repórter, não com o cidadão comum.
Quase Nunca é: "José foi assassinado após se envolver em briga em um bar". Normalmente fica assim: "O delegado do DP X (autoridade) investiga se problemas com drogas (julgamento) tenham causado a morte de uma pessoa (qualquer uma) em uma briga de bar".
A humanidade não está nas manchetes.
A sociedade está.
O Espaço privado tornado público está.
José não.
Isso torna o jornalismo muito mais parecido com Ciências Sociais Aplicadas (para o negócio) do que Ciência Humana.
Vídeo de apoio:
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