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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O último heroi

Foto: Divulgação

Um senhor simpático com os cabelos já brancos, mas com uma juventude e uma mente invejável.  Seu nome é José Alberto Mujica, ex-guerrilheiro e ex-presidente do Uruguai. Vive em uma casa simples nos arredores de Montevidéu, sem nenhum luxo e fora dos “padrões presidenciais”. 90% de seu salário era doado, um exemplo de simplicidade e humildade. "Não sou pobre, sou sóbrio. Com pouca bagagem, vivo com o suficiente para que as coisas não me roubem a liberdade", disse Mujica em uma entrevista concedida ao canal CNN.

Em março de 2015, deixou a presidência do Uruguai com 65% de aprovação após 5 anos de mandato e é tratado como um mito nas ruas e pelo mundo.  Aos 79 anos, Pepe Mujica, como é chamado popularmente, inspira pessoas do mundo inteiro com sua história e filosofia de vida, que ataca principalmente o consumismo exagerado. Ficou preso 14 anos durante a ditadura militar uruguaia, e conta que durante esses anos no cárcere, teve muito tempo para pensar. Chegou à conclusão de que a forma como vivemos e nossos valores são a expressão da sociedade na qual vivemos: “ou você é feliz com pouco, com pouca bagagem, pois a felicidade está dentro de você, ou você não consegue nada”, afirma em um trecho do documentário Human the Movie.

“Inventamos uma montanha de consumos supérfluos, compra-se e descarta-se. Mas o que se gasta é tempo de vida. Quando compro algo, ou você compra, não pagamos com dinheiro, pagamos com o tempo de vida que tivemos que gastar para ter aquele dinheiro. Mas tem um detalhe: tudo se compra, menos a vida”, completa no documentário. Poucos se questionam, mas vale a pena gastarmos nossa vida com coisas materiais? Qual o verdadeiro peso que devemos dar à elas?


Simplista? Talvez. Difícil colocar em prática? Muito. Possível? Ele nos mostra que sim! Pode soar utópico, mas Mujica dá esperanças de que ainda há tempo. Como disse uma jornalista, “toda utopia se torna verdade na boca de Mujica”. Com simplicidade, deixando de lado bandeiras e partidos políticos, usando apenas o verdadeiro sentido da política, a luta para a felicidade de todos, a gente consegue fazer um mundo melhor. Estamos precisando de mais “heróis”. Mais Mujicas, por favor...

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