Como o trabalho em rádios pode ajudar a
preparar jornalistas para atuar em outros veículos de comunicação
Em 1875, um matemático inglês desenvolveu a teoria das ondas magnéticas, que foi comprovada em 1869 por um engenheiro alemão e depois se propagou pelo mundo, dando origem ao que chamamos de rádio. No início era voltado para as elites, com programações de atos como ópera e recitais de poesias, mas com o tempo foi se tornando um meio de comunicação de muita utilidade à sociedade, alcançando as grandes massas.
No Brasil, a primeira transmissão oficial foi feita 47 anos depois da descoberta, mais precisamente em 1922.
Desde então foi se tornando um dos meios de comunicação mais importantes e utilizados no mundo. Além de sua rapidez e instantaneidade em dar a notícia, se destaca por ser um veículo no qual não é necessário que seu público seja alfabetizado, atingindo assim todos os públicos, sem distinções.
Mas o rádio também presta muito serviço aos próprios jornalistas que fazem o radiojornalismo e são os principais responsáveis por essa agilidade e mobilidade. Através de palavras, conseguem transmitir notícias e emoções, levando o ouvinte a soltar sua imaginação e se envolver com o que é falado. Quando entram no rádio, aprendem a arte do improviso, conseguem juntar ideias e formar um pensamento narrativo, como explica a professora e jornalista Cláudia Dominguez. Ela ainda conta como sua passagem pelo rádio foi de extrema importância em sua carreira, "no meu caso foi muito bom eu ter passado pelo rádio. Foi uma escola para a TV, que depois foi minha área de atuação maior”, completa.
Como o rádio também é um companheiro para o ouvinte enquanto ele faz outras atividades, é preciso ter um texto simples, claro e objetivo, o que serve de aprendizado para o jornalista compactar seus pensamentos evidenciando o lide, que é fundamental para qualquer área do jornalismo. Ainda por ser um amigo, tem proximidade com o ouvinte, mais uma lição que facilita o contato com o público em outros veículos.
Quase um século após sua invenção, o rádio ainda é um dos principais veículos de comunicação no mundo. Alguns acreditaram que com a chagada da TV e da internet o rádio estava com os dias contados, há quem acredite que com o passar dos anos ele vai se extinguir, mas muitos acreditam na sua adaptação. Em uma palestra para alunos de comunicação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Roberto Nonato, âncora do Jornal da CBN 2° Edição, contou um pouco dessa realidade, “outro dia me perguntaram qual o futuro do rádio e eu disse assim, o futuro é construído a cada momento, não dá pra gente prever (...) ele está sempre acontecendo”.
Mas a cada dia o rádio mostra que, apesar de alguns acreditarem no seu fim, ele é participante ativo dessa nova era da comunicação. Ainda é uma grande escola para jornalistas interpretarem o mundo e ajudar a escrever a história do presente.
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