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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Uma breve história do Jornalismo Cultural

Seria o Jornalismo Cultural refém da agenda?

O jornalismo cultural é responsável por relatar manifestações culturais como cinema, teatro, artes plásticas, música, literatura e folclore, podendo ser feito de forma crítica ou simplesmente como informação da agenda de variedades, que mostra os últimos acontecimentos de interesse público e da indústria cultural.

No Brasil, esta maneira de fazer jornalismo se fortaleceu no final do século XIX com a contribuição de consagrados nomes da nossa literatura como Machado de Assis e José Veríssimo, que deixaram importantes obras publicadas. Também foi marcante para a história do jornalismo cultural brasileiro, a criação dos cadernos culturais diários da Folha de S. Paulo (Ilustrada) e do Estado de S. Paulo (Caderno 2), nos anos 1980. 
Foto: divulgação

Atualmente, este tipo de jornalismo tem perdido espaço e a qualidade é questionável quando comparada a sua época áurea. Os possíveis motivos dessa decadência como as crises econômicas, a indústria cultural e a internet, caminham juntos com o papel secundário com que este modelo jornalístico é tratado pela grande imprensa brasileira. 

Enquanto assistimos ao fim das revistas, suplementos e a redução de cadernos culturais no jornalismo tradicional impresso, cresce sem nenhum controle a utilização da web no âmbito cultural, com blogs e sites de críticos, onde são publicadas opiniões de profissionais e da população de modo geral, sendo necessária muita pesquisa para se encontrar algo de boa qualidade.

O jornalismo cultural, hoje, perdeu a característica de influenciador de opinião e se tornou refém da agenda, ditada pela grande indústria cultural, com raras exceções. 

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