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terça-feira, 6 de outubro de 2015

O papel do jornalismo na construção e desconstrução de uma imagem

Foto: Divulgação

Nos últimos meses, os noticiários foram tomados por manchetes envolvendo o escândalo da Petrobrás. O mundo tomava conhecimento do maior rombo da história do país e um dos maiores rombos da história mundial.

Diversos esquemas entre empreiteiras, bilhões de dólares desviados e denúncias intermináveis de figuras políticas se tornaram pauta para os grandes e pequenos veículos de comunicação nacionais e internacionais. A imprensa botou a boca no trombone, mas o som não foi agradável aos ouvidos da economia brasileira: “não confiem na Petrobrás”.

Esse é um exemplo clássico do poder de influência que se encontra nas mãos dos profissionais de jornalismo. Uma enxurrada de matérias foi capaz de jogar investidores de todo o globo contra uma das maiores empresas do setor petrolífero mundial. Essas mesmas matérias levaram o mundo a pensar duas vezes antes de investir no país, e toda uma crise econômica se formou.

Da mesma forma que a desconstrução da imagem de uma renomada empresa aconteceu fazendo uso dos veículos de comunicação, o contrário também acontece. O jornalismo pode trabalhar na construção e enaltecimento de marcas, empresas e até mesmo personalidades.  Nesse contexto, figura uma vertente específica do mercado jornalístico: o clipping (ou clipagem), atividade recorrente usada por assessores de imprensa para monitorar a forma que a imagem do cliente está sendo veiculada nas matérias e nos jornais.

Deve-se ressaltar, por fim, que a comunicação é acima de tudo um reflexo da realidade, se uma empresa se envolve em escândalos de corrupção é dever do profissional noticiar e denunciar, não apenas como jornalista, mas como cidadão, da mesma forma, deve noticiar quando ações positivas partem de instituições e contribuem para uma melhora na sociedade.

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