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segunda-feira, 28 de março de 2016

O Quarto de Jack, um filme capaz de mudar sua visão sobre mundo e liberdade

Baseado na obra de Emma Donoghue, o longa "O quarto de Jack" conta a história de Jack (Jacob Tremblay), um menino de cinco anos que é criado pela mãe, em cativeiro, num quarto sem janelas e com uma porta que só pode ser destravada com o dígito correto de seu segredo. A única passagem da luz é feita por uma claraboia, e todos os cômodos de uma residência, como a cozinha e o banheiro, estão compactados neste ambiente.
Divulgação

A rotina de Jack é assistir televisão, ler e sonhar com um mundo que para ele ainda é tido como algo irreal e que só existe na TV. Conforme a sua curiosidade sobre o mundo fora do quarto cresce, a vida do menino começa a ficar mais intensa. Como toda boa mãe, ela se dedica a manter o filho feliz e seguro.

O filme cresce demais no segundo ato, numa luta quase desesperada da mãe para explicar ao seu filho como de fato é o mundo fora daquele quarto. Sequestrada há sete anos, quando voltava da escola aos 17, Joy (Brie Larson) possui a esperança de que ainda vai conseguir fugir com o filho e voltar para a família.

É nesse momento em que ela bola o primeiro plano com o filho para tentarem fugir do cativeiro. Em uma busca desesperada pela liberdade, a mãe tem a ideia de fingir que Jack está com febre, para que Frank (o sequestrador) leve o menino até o hospital e lá ele possa pedir ajuda a alguém. Só que o plano falha assim que Frank decide ir comprar remédios para Jack, ao invés de leva-lo ao hospital. Rapidamente a trama se torna mais tensa e dramática, a ponto de fazer o telespectador entrar na história e querer ajudar Jack, no momento em que Joy cria um outro plano de fuga. Momentos de tensão surgem. Arriscaria dizer que é o auge do filme.

Após uma virada na história, já quase nos atos finais, o mundo aos olhos de Jack se torna outro, é como se o garoto nascesse outra vez. O interessante e muito bem abordado é a situação da mãe nessa virada, que encontra mais dificuldades ainda na transformação. Joy entra em uma depressão profunda e fica bastante confusa sobre o velho e o novo mundo que agora está presente. Essa parte nos faz questionar sobre o quão rotineiro pode ser uma situação ruim, ao ponto de que ao nos livrarmos dela nos cause mal.

O Quarto de Jack é uma grande produção do cinema, capaz de levantar questões importantes sobre liberdade e acomodação. Por se tratar de uma história tão sombria e cruel, a delicadeza com que o filme foi construído é extremamente comovente (talvez por saber que casos assim já existiram). Ele possui a capacidade de tocar o coração do espectador e proporcionar uma experiência inesquecível.

Uma coisa é certa, você não será a mesma pessoa depois de ver e viver a história de Jack, a visão de mundo que ele tem e a valorização dele que virá à tona. Seu modo de ver a liberdade e a relação com a sociedade será outra. Ainda não sei explicar muito bem o que acontece, mas o fato é que o impacto do filme na sua realidade será grande. 


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