O Sindicato dos Jornalistas do
Distrito Federal iniciou uma pesquisa a fim de calcular os casos de assédio
sexual nas redações e assessorias de imprensa do país.
Foram reunidos dados e relatos de
mulheres jornalistas, e aquelas que quiserem contribuir terão que responder se
já foram assediadas no ambiente de trabalho, quem cometeu a violência e se também sofreram enquanto desenvolviam suas funções fora do local de trabalho.
As jornalistas podem contar sobre
os casos, autorizando ou não a divulgação dos relatos. Para acessar a pesquisa
"Assédio Sexual no Jornalismo" e responder o questionário, basta
clicar neste link.
Segundo informações da entidade,
a pesquisa dá continuidade ao levantamento “Desigualdade de Gênero no
Jornalismo”, que foi realizado entre os meses de março e maio deste
ano.
O primeiro levantamento realizado
revelou que 77,9% das entrevistadas já sofreram algum tipo de perseguição por
parte de colegas ou chefes diretos. Cerca de 70% das jornalistas também
afirmaram que já deixaram de ser designadas para uma pauta pelo fato de ser
mulher. O estudo mostrou também que 61,5% das profissionais já vivenciaram
situações em que, apesar de exercerem a mesma função do colega de trabalho,
receberam menos do que ele.
A pesquisa contou com a participação online de 535 jornalistas
de vários estados do país entre os meses de março e maio.
O Sindicato havia criado, nesse
mesmo período, um Coletivo de Mulheres Jornalistas, com o objetivo de discutir
questões de gênero e relações de trabalho, debater e lutar por um melhor
posicionamento da mulher na sociedade e, em específico, no mercado de
jornalismo - já que as mulheres são maioria nas redações e assessorias -, inserir
um olhar de gênero nos programas, ações e atividades sindicais e estimular a
participação das jornalistas na entidade sindical.
Ainda de acordo com a entidade, a
iniciativa da pesquisa "Assédio Sexual no Jornalismo" chega em
momento de mobilização em prol do fim da violência contra a mulher, como o caso
da jornalista do portal IG, que foi demitida após o caso de assédio do cantor
Biel, o que causou indignação nas redes sociais entre as mulheres do meio
jornalístico.
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