É segunda-feira de novo.
Procuro nos sites alguma novidade, algo interessante de se relatar para saciar a vontade de vocês, leitores, de suprir algo novo todo dia mas acabo por me espantar quando vejo que uma noticia que desperta no fundo do meu âmago de escritora, a esperança.
Quando entrei na faculdade para viver uma vida inteira de jornalista, correndo atrás de noticias, procurando qualquer pontinha de furo que pudesse me dar uma grande alegria em ter a primeira pagina só pra mim, eu já sabia que o mercado estava difícil, que jornalistas estavam sendo demitidos e que o futuro era incerto. Eu sabia. E eu não tava nem aí.
Hoje, quando vi uma noticia estampada na minha cara: "Guilherme Gomes Pinto, jornalista esportivo do Lance por 19 anos, assume direção do Diario de S. Paulo", lembrei-me de todas as entrevistas em jornais que não passei. Lembrei-me da Michele, assessora de imprensa de uma editora de livros, dizendo-me da minha pouca experiencia e de como pensei nunca conseguir um emprego. Pensei em desistir.
Depois de ver a história de Guilherme, que era um jornalista (como eu anseio em ser), passou para editor-executivo do caderno de esportes, e quando saiu pra brilhar na diretoria de um grande jornal de São Paulo, ainda deixou um blog sobre o mundo desportivo para o antigo emprego, eu me vi esperançosa. Talvez não como quando passei na faculdade ou quando consegui passar aqui na Ajo, mas me deu uma vértice (uma grande vértice) de vontade de continuar nessa profissão.
Nem tudo vai ser bom, isso todos sabem, não é fácil e as vezes nem recompensante, mas quem faz por gosto, não vê apenas a flor estragada em meio a um jardim de flores lindas, e vivas.
Seja o porta-voz do mundo. Não desista do jornalismo.
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