A história de Demetrio Giuliano Gianni Carta, popularmente conhecido como Mino Carta, o homem que revolucionou o jornalismo brasileiro.
Empresário, editor, escritor, jornalista e pintor,
Mino ainda tentou carreira no direito, mas desistiu do curso da Universidade
de São Paulo. Veio da Itália pro Brasil com apenas 12 anos de idade.
Dos jornais em que dirigiu a criação (Quatro Rodas, Veja,
Isto é e Carta Capital), afirma que não tinha embasamento nenhum para dirigir o
quatro rodas, pois não entendia nada de carros. Atualmente, com 83 anos, Mino é
diretor de redação do Carta Capital.
De acordo com Carta, o jornalismo, para ele, tomou
dimensões imensas durante a ditadura militar, e mostrou que além da necessidade
da sua existência, precisava se reformular.
Mino nunca fez questão de esconder suas opiniões
políticas e suas análises sobre a sociedade brasileira, principalmente quando
se trata da função deste na educação da população. Além disso, sempre
deixou em evidência, nas suas marcantes entrevistas, a presença de atemporais casas grandes e senzalas no país. Devido a essa presença, o jornalismo deveria tomar
formas diferentes para se tornar útil na destruição da eterna escravidão do
Brasil.
O redator vai além e diz que os cursos de jornalismo
são extremamente corrompidos, porque nasceram de uma ditadura. Diz que só é
possível cumprir o dever de fiscalizar os poderes, buscar pela verdade factual
e ser crítico, o que, pra ele, todos os jornalistas deveriam fazer, tendo uma
graduação em história e/ou ciências sociais.
No decorrer do período militar, Mino foi brutalmente censurado, e era um dos maiores alvos da polícia política na época.
O italiano teve apenas um jornal fracassado em sua carreira, o jornal republicano não prosperou devido à problemas nas finanças.
O carta capital traz o jornalismo pelo qual Mino Carta sempre prezou.
Leitura recomendada: Para quem se interessar por jornalismo opinativo que visa trazer uma leitura determinada, o livro de Paulo Henrique Amorim traz um pouco mais: "Da história pouco conhecida dos meios de comunicação no Brasil desde os primórdios, no período Vargas, passando pela criação e pelo apogeu da Rede Globo, a partir do governo militar, e incluindo os bastidores de grandes momentos da história contemporânea (ditadura, período de transição, governos Sarney, Collor, FHC e PT)".
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