Na tarde do último sábado (15), mais um jornalista entrou para a lista de vítimas de uma verdadeira caça às
bruxas que vem ocorrendo no México. Maximino Rodríguez Palacios foi abordado no
estacionamento do supermercado City Club Forjadores e atingido por quinze tiros
dentro de seu carro, se tornando o terceiro repórter a ser assassinado no
período entre março e abril deste ano.
Rodrígues era repórter do
Colectivo Pericú, onde publicava casos policiais, além de manter uma coluna
denominada “Es mi Opinión” na qual deliberava
sobre assuntos polêmicos como política e governo. O jornalista chegou a receber
ameaças através da seção de comentários advindas de um usuário sob o nome de “Pájaro
Inquieto” em um de seus textos que datam de três dias antes da execução.
Maximino Rodríguez Palacios (Fonte: colectivopericu.net) |
O crime ocorreu no estado de Baja Califórnia,
mesmo local onde no mês passado, o jornalista Julio Omar Gómez sofreu um
atentado e um de seus guarda-costas acabou morto, como já citado em matéria
deste blog.
Este acontecimento é apenas a
ponta do iceberg, um fato que atenta para um fenômeno muito maior. O México
ocupa a terceira posição no ranking dos países onde jornalistas são mais
assassinados, apenas na última década foram mais de 120 casos, perdendo
somente para a Síria e o Afeganistão. A liberdade de expressão corre risco no
país, a própria ONU (Organização das Nações Unidas) juntamente com inúmeras
organizações condenam o que têm ocorrido, e exigem
medidas mais duras do governo para com esse tipo de delito.
Pessoas saem às ruas contra o massacre dos jornalistas. (Fonte: elInformante) |
Nota-se que majoritariamente as
vítimas desses ataques que vêm ocorrendo pertencem a meios alternativos, em
nota o representante do México no Alto Comissário das Nações Unidas para os
Direitos Humanos, Jan Jarab, condenou o ocorrido e declarou que trata-se de uma
ofensa aos princípios de uma sociedade democrática, que “requer pluralidade informativa nos seus meios de comunicação”.
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