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terça-feira, 18 de abril de 2017

Banho de sangue contra jornalistas continua no México

Na tarde do último sábado (15), mais um jornalista entrou para a lista de vítimas de uma verdadeira caça às bruxas que vem ocorrendo no México. Maximino Rodríguez Palacios foi abordado no estacionamento do supermercado City Club Forjadores e atingido por quinze tiros dentro de seu carro, se tornando o terceiro repórter a ser assassinado no período entre março e abril deste ano.

Rodrígues era repórter do Colectivo Pericú, onde publicava casos policiais, além de manter uma coluna denominada “Es mi Opinión”  na qual deliberava sobre assuntos polêmicos como política e governo. O jornalista chegou a receber ameaças através da seção de comentários advindas de um usuário sob o nome de “Pájaro Inquieto” em um de seus textos que datam de três dias antes da execução. 

Maximino Rodríguez Palacios  (Fonte: colectivopericu.net)

O crime ocorreu no estado de Baja Califórnia, mesmo local onde no mês passado, o jornalista Julio Omar Gómez sofreu um atentado e um de seus guarda-costas acabou morto, como já citado em matéria deste blog.  

Este acontecimento é apenas a ponta do iceberg, um fato que atenta para um fenômeno muito maior. O México ocupa a terceira posição no ranking dos países onde jornalistas são mais assassinados, apenas na última década foram mais de 120 casos, perdendo somente para a Síria e o Afeganistão. A liberdade de expressão corre risco no país, a própria ONU (Organização das Nações Unidas) juntamente com inúmeras organizações condenam o que têm ocorrido,  e exigem medidas mais duras do governo para com esse tipo de delito.

Pessoas saem às ruas contra o massacre dos jornalistas. (Fonte: elInformante)

Nota-se que majoritariamente as vítimas desses ataques que vêm ocorrendo pertencem a meios alternativos, em nota o representante do México no Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Jan Jarab, condenou o ocorrido e declarou que trata-se de uma ofensa aos princípios de uma sociedade democrática, que “requer pluralidade informativa nos seus meios de comunicação”.

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