Brasil sobe da 104º para a 103º posição no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2017. A lista com relação entre 180 países, foi divulgada nesta quarta-feira (26) pela Repórteres Sem Fronteiras durante uma coletiva de imprensa organizada na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio de Janeiro.
Pelo sexto ano consecutivo, o Brasil se mantém estagnado na parte inferior do ranking mesmo sendo a maior democracia sul americana. Segundo a RSF, essa colocação ressalta o cenário de crise e polarização política que o país está enfrentando.
Por todo o mundo, a liberdade de imprensa se mostra fragilizada e desencorajada. Quando olha-se os números, não é uma questão de surpresa tendo em vista que em 2016, em média, 74 jornalistas foram mortos durantes suas atividades. A RSF alerta: "As pressões de certas instituições e autoridades sobre a imprensa. (...) Dezenas de processos judiciais abusivos - sobretudo por delitos ditos contra a honra (difamação, calúnia e injúria) - passíveis de penas de prisão, foram movidos contra jornalistas e blogueiros em 2016. Da mesma forma, acompanhamos casos de investigações da justiça que atentam contra o direito ao sigilo da fonte"
Conforme o ranking, cerca de 62% dos países elencados apresentaram uma piora na liberdade de imprensa em relação a 2016, como por exemplo o Canadá (22º país em 180) que caiu 4 posições no ranking deste ano, os Estados Unidos (43ª posição) caem 2, a Polônia (54ª) cai 7, a Nova Zelândia (13ª) 8 e a Namíbia (24ª) 7.
As democracias europeias são as que mais chamam atenção em seu retrocesso dos últimos 4 anos. Um dos motivos é a vitória de líderes "antissistema" nas eleições presidenciais, que tentam desacreditar a mídia, como Trump, Nigel Farage e Beppe Grillo.
O ranking completo está disponível neste link.
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