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quinta-feira, 29 de junho de 2017

A importância das fontes para um bom jornalismo

Foto: Divulgação

Não é novidade, quem faz a notícia é o jornalista. Como responsável pelo conteúdo e reflexo dos fatos, atua como um canal de transmissão dos acontecimentos, mas para que a notícia aconteça, o profissional precisa de uma – ou mais – fontes, para que este lhe conte exatamente tudo de maneira fiel ao ocorrido.

De acordo com Nilson Lage “Muitas notícias jamais seriam conhecidas, ou demorariam muito a ser, não fosse a iniciativa das fontes em divulgá-las”. Dessa forma, com base no relato das fontes é que o jornalista redige sua matéria.

Mas, para que o jornalista tenha certeza do que está sendo tratado, deve ouvir mais de uma fonte, duas ou três, para que não tenha dúvidas do que realmente tenha acontecido.
É muito importante que o profissional mantenha um networking, que nada mais é do que estabelecer uma rede de contatos ou uma conexão com outras pessoas. Dessa forma o jornalista sempre saberá a quem recorrer quando algo digno de ser noticiado acontecer, e conseguirá “dar forma” a sua matéria com fontes que possam dar embasamento ao assunto.

O relacionamento jornalista x fonte deve ser exclusivamente profissional. Uma amizade não pode surgir entre as duas partes por conta de uma aproximação, pois futuramente a veracidade dos fatos pode ser comprometida por conta de uma relação fora do ambiente de trabalho.

Ainda de acordo com Nilson Lage, existem três possíveis naturezas de uma fonte:
  • Oficial: pode ser um documento ou uma pessoa que carrega a responsabilidade de falarem nome de uma instituição;
  • Oficiosas: ao contrário da oficial, não podem falar por ninguém, passam informações sigilosas e às vezes essenciais para a construção de uma matéria, por esse motivo, na maior parte das vezes não tem suas origens reveladas;
  • Independentes: não possuem nenhum interesse pessoal aparente que possa vir a influenciar na imparcialidade dos relatos.
E dentro destas naturezas encontramos subdivisões:
  • Primárias: são aquelas essenciais, sem elas não tem como contar o acontecimento;
  • Secundárias: contextualizam, humanizam e complementam a informação central;
  • Testemunhas: compartilham experiências que presenciaram;
  • Especialistas: dominam algum assunto e tem propriedade para discorrer sobre ele.

Existe também a questão da credibilidade do jornalista e do veículo de comunicação. Pode não parecer, mas, tem uma forte relação com as fontes. No momento da apuração, caso alguma fonte consultada tenha caráter duvidoso e depois da matéria ter sido publicada, alguma informação seja contestada e dada como falsa, quem se prejudica é o veículo/jornalista que terá sua imagem vista de forma negativa pelo público.

O jornalismo tem como principal compromisso respeitar e prezar pela verdade, ser isento e divulgar todos os fatos que sejam de interesse público.

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