A liberdade de imprensa nos assegura o direito de expressar nossas opiniões da forma que melhor nos convém (como prevista no artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos), porém, por muitas vezes isso nos é negado ou represado.
No ano passado jornalistas mexicanos foram mortos por conta de denúncias sobre o cartel do narcotráfico, e hoje o Brasil passa à frente (infelizmente) do México no número de profissionais assassinados por conta de denúncias relacionadas a esquemas de corrupção no governo e/ou polícia ou por repressão relacionada a algum outro motivo que tenha gerado polêmica. Número esse que se torna mínimo, porém significante diante dos 62 jornalistas assassinados ano passado, segundo relatório da UNESCO.
No final de abril, o jornalista Décio Sá, 42, foi morto a tiros em São Luiz (MA). Ele mantinha o Blog do Décio, onde por muitos anos escreveu sobre a política e corrupção. O caso nos remete ao caso do repórter Tim Lopes, desaparecido em 2 de junho de 2002, tendo sua morte sido confirmada somente mais de um mês depois. O motivo? Denúncia do narcotráfico.
Poder expressar nossa opinião deveria ser a coisa mais normal do mundo, porém com toda essa repressão, nos tornamos prisioneiros de nossas próprias ideias, palavras e ações. Ter que pensar e repensar milhões de vezes sobre determinado assunto, viabilizando como será a aceitação e repercussão na sociedade, tem se tornado cada vez mais comum, o que acaba “jogando por terra” toda a ideia e função do jornalismo, que é trazer informação de qualidade a sociedade tão logo aconteça.
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