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Petria Chaves é apresentadora na rádio CBN, repórter e blogueira |
"Fazer rádio pelo dinheiro não é fazer, eu acredito em quem faz pela paixão."
"Ela tem 29 anos. é paulista. tem reversos caminhos conversos. ela. é menina. é mulher. é pedra, é chave. por vezes não sabe o que quer. é jornalista. está de mudança, está de cabelos em pé. escreve prosas e contos por diversão e simpatia. é ex-boemia. faz um tempo, virou vegetariana. (mas não consegue largar os prazeres da carne)"
Sabe-se
que você é formada em jornalismo pela faculdade Casper Líbero. Qual é a melhor
lembrança que você tem da faculdade?
O encontro com algumas cabeças que abriram minha cabeça para a vida e a descoberta de um timing para fazer jornalismo que estava dentro de mim, o meu caminho.
O encontro com algumas cabeças que abriram minha cabeça para a vida e a descoberta de um timing para fazer jornalismo que estava dentro de mim, o meu caminho.
Sobre
qual assunto foi o seu TCC? Quais foram as maiores dificuldades e os maiores
triunfos?
Foi sobre distúrbios psicológicos em crianças, a saber: hiperatividade, déficit de atenção, depressão e dislexia. A maior dificuldade foi descobrir uma maneira narrativa de abordagem que não caísse no recorte viciado que víamos na imprensa em geral. O maior triunfo foi realizar um documentário e saber que, mesmo num tcc, mudamos a vida das pessoas
Foi sobre distúrbios psicológicos em crianças, a saber: hiperatividade, déficit de atenção, depressão e dislexia. A maior dificuldade foi descobrir uma maneira narrativa de abordagem que não caísse no recorte viciado que víamos na imprensa em geral. O maior triunfo foi realizar um documentário e saber que, mesmo num tcc, mudamos a vida das pessoas
Enquanto
universitária você fez estágio na TV Globo certo? Conte um pouco sobre essa
fase.
Foi a fase mais importante do meu período universitário, pois lá aprendi a fazer jornalismo na prática. Tive passagens marcantes para mim pelo Globo repórter, pelo Fantástico e por todas as áreas da redação. Fiz bons amigos e mestres, que trago comigo até hoje.
Foi a fase mais importante do meu período universitário, pois lá aprendi a fazer jornalismo na prática. Tive passagens marcantes para mim pelo Globo repórter, pelo Fantástico e por todas as áreas da redação. Fiz bons amigos e mestres, que trago comigo até hoje.
É muito
comum ouvir pelos corredores da faculdade comentários de que trabalhar em rádio
é muito prazeroso, porem de todas as áreas no jornalismo é a menos renumerado.
Diante dessas especulações, qual é a sua opinião sobre o mercado atual para
trabalhar em rádio?
É fato. Radio ainda paga menos em comparação com os outros veículos de mídia, é a grande reclamação. A rotatividade de profissionais no rádio acaba sendo grande por isso. Porém trabalhar numa rádio como a CBN traz um capital simbólico que certamente traz outras maneiras de se explorar as possibilidades no jornalismo. Fazer pelo dinheiro não é fazer, eu acredito em quem faz pela paixão. E com paixão, a remuneração acaba vindo de outras maneiras.
É fato. Radio ainda paga menos em comparação com os outros veículos de mídia, é a grande reclamação. A rotatividade de profissionais no rádio acaba sendo grande por isso. Porém trabalhar numa rádio como a CBN traz um capital simbólico que certamente traz outras maneiras de se explorar as possibilidades no jornalismo. Fazer pelo dinheiro não é fazer, eu acredito em quem faz pela paixão. E com paixão, a remuneração acaba vindo de outras maneiras.
Em que
momento da sua vida foi decidido trabalhar com rádio? Que pensamentos ou ações
influenciaram você nessa escolha?
Sempre
segui com a maré. Assim que me formei, trabalhei durante 3 meses na TV Globo
como produtora. Fui chamada para uma entrevista na CBN para ser repórter e
apuradora. Não tive dúvidas e aceitei. Queria ser repórter e para ser repórter
acho que independe do meio. Achava a marca da CBN uma das que mais tinha
credibilidade e me joguei. Saí da TV Globo, onde era produtora, e comecei meu
caminho na reportagem.
Quais são
as características básicas, atributos ou até mesmo qualidades necessárias para
trabalhar, por exemplo, como apresentador e/ou locutora de rádio?
Personalidade, coragem, desenvoltura (algo que vai se adquirindo com o tempo) e entendimento sobre o cotidiano, intenção de ser ponte entre mundos
Personalidade, coragem, desenvoltura (algo que vai se adquirindo com o tempo) e entendimento sobre o cotidiano, intenção de ser ponte entre mundos
Caminhos
alternativos é um dos programas que você apresenta junto com a Fabíola Cidral.
Programa esse que foi prestigiado com o prêmio APCA 2008 – eleito o melhor
programa de rádio na categoria variedades. Para você qual é a essência desse
programa? Ou seja, que tipo de sensações vocês querem passar para os ouvintes?
A essência é falar de vida. Fugir do automático em muitas das coberturas que vemos, seja lá qual for a editoria. Queremos passar a sensação de que a vida precisa ser vivida e experimentada. E que todos nós buscamos caminhos de mais consciência, seja lá qual for a nossa profissão.
A essência é falar de vida. Fugir do automático em muitas das coberturas que vemos, seja lá qual for a editoria. Queremos passar a sensação de que a vida precisa ser vivida e experimentada. E que todos nós buscamos caminhos de mais consciência, seja lá qual for a nossa profissão.
Para ser
um bom profissional de rádio é necessário?
Acredito que é o mesmo para qualquer profissional em qualquer área: determinação, coragem de ser você mesmo e foco na própria carreira, no que você realmente deseja fazer da vida.
Acredito que é o mesmo para qualquer profissional em qualquer área: determinação, coragem de ser você mesmo e foco na própria carreira, no que você realmente deseja fazer da vida.
Um livro
que todo estudante de jornalismo precisa ler é?
Fama e anonimato, de Gay Talese.
Fama e anonimato, de Gay Talese.
Quais
conselhos você deixa para estudantes que desejam seguir uma carreira em rádio?
Seja persistente e busque sua personalidade. Não seja mais um entre tantos. E procure fazer com excelência cada detalhe do que faz. Não importa nunca o que você está fazendo e sempre o “como” você faz.
Seja persistente e busque sua personalidade. Não seja mais um entre tantos. E procure fazer com excelência cada detalhe do que faz. Não importa nunca o que você está fazendo e sempre o “como” você faz.
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blog pessoal - facebookk/petriachaves
Twitter: @petriachaves
Contato direito através de redes sociais, entrevista feita por email.
Por Regine Wilstom*
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