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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Rádio, Verso e Reverso - Uma conversa com Petria Chaves


Petria Chaves é apresentadora na rádio CBN, repórter e blogueira

"
Fazer rádio pelo dinheiro não é fazer, eu acredito em quem faz pela paixão."

"Ela tem 29 anos. é paulista. tem reversos caminhos conversos. ela. é menina. é mulher. é pedra, é chave. por vezes não sabe o que quer. é jornalista. está de mudança, está de cabelos em pé. escreve prosas e contos por diversão e simpatia. é ex-boemia. faz um tempo, virou vegetariana. (mas não consegue largar os prazeres da carne)"

 
Sabe-se que você é formada em jornalismo pela faculdade Casper Líbero. Qual é a melhor lembrança que você tem da faculdade?

O encontro com algumas cabeças que abriram minha cabeça para a vida e a descoberta de um timing para fazer jornalismo que estava dentro de mim, o meu caminho.
Sobre qual assunto foi o seu TCC? Quais foram as maiores dificuldades e os maiores triunfos?

 
Foi sobre distúrbios psicológicos em crianças, a saber: hiperatividade, déficit de atenção, depressão e dislexia. A maior dificuldade foi descobrir uma maneira narrativa de abordagem que não caísse no recorte viciado que víamos na imprensa em geral. O maior triunfo foi realizar um documentário e saber que, mesmo num tcc, mudamos a vida das pessoas
Enquanto universitária você fez estágio na TV Globo certo? Conte um pouco sobre essa fase.

Foi a fase mais importante do meu período universitário, pois lá aprendi a fazer jornalismo na prática. Tive passagens marcantes para mim pelo Globo repórter, pelo Fantástico e por todas as áreas da redação. Fiz bons amigos e mestres, que trago comigo até hoje.
É muito comum ouvir pelos corredores da faculdade comentários de que trabalhar em rádio é muito prazeroso, porem de todas as áreas no jornalismo é a menos renumerado. Diante dessas especulações, qual é a sua opinião sobre o mercado atual para trabalhar em rádio?

É fato. Radio ainda paga menos em comparação com os outros veículos de mídia, é a grande reclamação. A rotatividade de profissionais no rádio acaba sendo grande por isso. Porém trabalhar numa rádio como a CBN traz um capital simbólico que certamente traz outras maneiras de se explorar as possibilidades no jornalismo. Fazer pelo dinheiro não é fazer, eu acredito em quem faz pela paixão. E com paixão, a remuneração acaba vindo de outras maneiras.

Em que momento da sua vida foi decidido trabalhar com rádio? Que pensamentos ou ações influenciaram você nessa escolha?
Sempre segui com a maré. Assim que me formei, trabalhei durante 3 meses na TV Globo como produtora. Fui chamada para uma entrevista na CBN para ser repórter e apuradora. Não tive dúvidas e aceitei. Queria ser repórter e para ser repórter acho que independe do meio. Achava a marca da CBN uma das que mais tinha credibilidade e me joguei. Saí da TV Globo, onde era produtora, e comecei meu caminho na reportagem.

Quais são as características básicas, atributos ou até mesmo qualidades necessárias para trabalhar, por exemplo, como apresentador e/ou locutora de rádio?

Personalidade, coragem, desenvoltura (algo que vai se adquirindo com o tempo) e entendimento sobre o cotidiano, intenção de ser ponte entre mundos

Caminhos alternativos é um dos programas que você apresenta junto com a Fabíola Cidral. Programa esse que foi prestigiado com o prêmio APCA 2008 – eleito o melhor programa de rádio na categoria variedades. Para você qual é a essência desse programa? Ou seja, que tipo de sensações vocês querem passar para os ouvintes?

A essência é falar de vida. Fugir do automático em muitas das coberturas que vemos, seja lá qual for a editoria. Queremos passar a sensação de que a vida precisa ser vivida e experimentada. E que todos nós buscamos caminhos de mais consciência, seja lá qual for a nossa profissão.
Para ser um bom profissional de rádio é necessário?

Acredito que é o mesmo para qualquer profissional em qualquer área: determinação, coragem de ser você mesmo e foco na própria carreira, no que você realmente deseja fazer da vida.
Um livro que todo estudante de jornalismo precisa ler é?

Fama e anonimato, de Gay Talese.
Quais conselhos você deixa para estudantes que desejam seguir uma carreira em rádio?

Seja persistente e busque sua personalidade. Não seja mais um entre tantos. E procure fazer com excelência cada detalhe do que faz. Não importa nunca o que você está fazendo e sempre o “como” você faz.

Contatos Petria Chaves

blogcbn/caminhosalternativos

blog pessoal - facebookk/petriachaves

Twitter: @petriachaves


Contato direito através de redes sociais, entrevista feita por email.

Por Regine Wilstom*

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