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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Desenho jornalístico

Jornalismo vai além da informação em si, a opinião do autor também pode entrar nesse jogo. O gênero que vamos tratar hoje está dentro do jornalismo opinativo como é o caso da crônica, artigo e editorial, mas nesse caso com um pouco mais de subjetividade artística. Falaremos hoje sobre as icônicas tirinhas.

Embora elas sejam tratadas por alguns como "coisa de criança" ou mero entretenimento, como acontecem nos principais jornais brasileiros que reservam espaço para as tirinhas nos cadernos de cultura e entretenimento, esses materiais são carregados de críticas e reflexões sobre a condição humana, a vida e a situação do país.

Durante a sua existência de mais de 100 anos, a tirinha mantém uma participação ativa na imprensa tanto com temáticas banais quanto com questões sociais, politicas e filosóficas.


Com seu caráter opinativo, a tira de jornal apresenta ainda uma linguagem estética verbal e não-verbal capaz de burlar censuras e servir de bandeiras ideológicas em momentos de crises sociais, como aconteceu em diversos países. Embora tenha seus mais de 100 anos de existência, apenas partir da década de 70 elas trouxeram consigo conteúdos de crítica politica ao Brasil.

As tiras de humor tem uma liberdade crítica sobre os costumes e a moral muito mais que outros gêneros, pois se tratam de uma forma de expressão inédita e inesperada, com características próprias. Os humoristas desenvolveram uma comunicação com o público que se sustentava intensamente nessa liberdade.

A primeira tirinha conhecida oficialmente foi publicada em 1895 em um jornal sensacionalista conhecido como New York World The Yellow Kid criado por Richard Felton Oucault. Nascida da necessidade dos jornais de diversificar seu conteúdo diário junto ao público leitor, esse gênero ganhou expressividade nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo conquistando legiões de fãs, por seu caráter bem humorado.



As tirinhas conseguem captar a atenção de seu leitor a partir da irônia e de sua pluralidade de sentidos. Elas são uma porta de entrada para que as crianças entrem para esse mundo de informações, e também uma forma de desconstruirmos nossos preconceitos. O mais importante é que suas mensagens sempre tiveram a força e a perspicácia característica da pratica jornalística mais contundente, fundando uma identidade própria a partir de um formato peculiar, principalmente devido ao seu caráter crítico e metafórico.



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