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Ana Arruda, jornalista e escritora (fonte: internet) |
Ana Arruda Callado é jornalista, escritora e educadora brasileira. Foi a primeira mulher a chefiar a redação de um jornal no Brasil.
Formada em Jornalismo pela
Faculdade Nacional de Filosofia, em 1957, estagiou na Tribuna da Imprensa e
iniciou a carreira profissional como repórter do Jornal do Brasil.
Em 1958, ganhou o prêmio
Herbert Moses pela série de reportagens “Reforma Agrária: todo mundo fala, mas
ninguém faz”.
Ainda pelo Jornal do Brasil,
publicou outra série especial, desta vez sobre crianças de rua, pela qual
recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Esso, em 1959.
Em 1966, quebrou um tabu no
jornalismo brasileiro, assumindo o cargo de chefe de reportagem do Diário
Carioca. Nunca antes uma mulher havia comandado uma equipe de repórteres no
Brasil.
Em entrevista a BBC, Ana comenta que tornou-se uma espécie de especialista em assuntos agrários e com isso
viajou pelo país, conheceu então o preconceito contra mulheres, principalmente
jovens profissionais, que até então eram raras.
Em uma viagem a trabalho
para Belém, Ana relembra um caso onde tentou participar de uma expedição, mas
foi barrada pelo Coronel dirigente pelo fato de ser mulher.
"Coronel", argumentei,
"não sou 'uma mulher'. Sou uma jornalista". Ele me olhou de alto a
baixo e respondeu, agora sorrindo: "Pois para mim parece uma
mulher".
Enquanto chefe de reportagem
no Diário Carioca, Ana conta que sua tarefa não foi nada fácil, sentiu na
própria pele o preconceito dos antigos repórteres que não a respeitavam na
redação e zombavam de sua posição por ser mulher.
Após um caso que ocorreu na
redação do jornal, onde a jornalista sentiu-se obrigada a demitir um repórter
pela falta de respeito, conseguiu a colaboração de todos os colegas de
trabalho.
A jornalista pioneira no
Brasil, diz que bancou a “sargentona” e desta forma conseguiu o respeito e
tratamento de igual para igual diante dos companheiros de trabalho.
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