Muito se ouve dizer que a profissão de um jornalista tem o seu glamour.
Estão sempre em evidência, são conhecidos pelo público, alguns ganham prêmios e são reconhecidos internacionalmente.
Eu mesma tenho que confessar que me senti muito orgulhosa, quando fiz minha inscrição na faculdade, e recebi a confirmação da mesma, escrito primeira opção: jornalismo!
É, caros colegas, essa palavra tem o seu peso, tem um quê de poder.
Poder ser parte ou fazer parte de um time pequeno e restrito que faz da profissão um meio não só de comunicar, mas também denunciar.
E talvez esta não seja uma parte tão glamourosa assim.
" Ao celebrar em 3 de maio, o Dia Mundial da Liberdade de imprensa, o CPJ ( comitê para a proteção dos jornalistas ) apresentou estudos sobre os casos de jornalistas mortos no exercício da profissão a partir de 1º de janeiro de 2000, e descobriu que a grande maioria não foi vítima de fogo cruzado, nem morreu em coberturas perigosas - 121 dos 190 jornalistas mortos a partir de 2000 foram assassinados em represália ao trabalho informativo que realizavam." ( Observatório da Imprensa )
A algumas semanas, neste mesmo blog, Felipe Gulin, trouxe o caso da jornalista mexicana que foi morta após denúncia em rede social.Infelizmente estes casos se apresentam a cada dia com mais frequência.
No entanto, isto faz parte não somente da profissão, mas também é o papel de qualquer cidadão que diante de uma situação de injustiça, não fica em cima do muro, e denuncia.
Nós, futuros jornalistas, não estamos aqui para julgar, este não é o nosso papel, porém, como comunicadores, temos sim o dever de levar à clareza, os fatos que movem a sociedade em que vivemos.
Se teremos que pagar ou não por isso?
Sim, muitas vezes teremos, temos inúmeros exemplos, é difícil eu sei, mas as escolhas que fazemos em nossas vidas não podem e nem devem ser em vão.
"A Pátria não é ninguém, são todos. Não é uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo. É o céu, o solo, os povos, as tradições, a consciência, o lar, o berço do filho e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei e da liberdade."
Rui Barbosa ( o apóstolo de todas as liberdades )
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