Tranquilo, como se falasse consigo mesmo num espelho, Robson Luiz Gisoldi começa a contar um pouco sobre sua vida e experiências profissionais. A tranquilidade não é pra menos, o rapaz conhece bem os ouvintes, já foi um deles. A plateia? Um grupo de curiosos estudantes de jornalismo que ouve, anota, questiona e, em breve, espera dominar e fazer cada vez mais parte desse universo que Robson conta.
Formado em 2003, o jornalista fala que, a princípio, queria ser ator, mas pelas poucas oportunidades da área acabou escolhendo Jornalismo. Ele acreditava que dessa maneira também viveria várias histórias, conheceria diversos lugares e pessoas, mas narrando tudo isso.
Foto: Arquivo pessoal |
Aos 31 anos, o rapaz estranha a sala de aula vazia e conta que, na época em que estudava, sua turma tinha mais de 100 alunos. Ele também lembra a correria que foi pra fazer faculdade, porque além das aulas, ainda tinha que trabalhar e, no início, prestar o serviço militar.
Agora, Robson é coordenador de comunicação no Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (SEMASA), mas se engana quem pensar que o rapaz não teve outras funções na área jornalística. Ele inclusive fala que “é importante os estudantes conhecerem os dois lados” da coisa, para saber o que passam os jornalistas de redação e os assessores de imprensa e, mesmo consciente da dificuldade de ambos, acha que o assessor tem uma função mais difícil, porque precisa ter mais “jogo de cintura” do que o outro.
Ele também alerta os futuros profissionais para manterem uma boa rede de contatos, pois “indicação para um cargo ou serviço ainda é uma ótima maneira de obter sucesso”, fala. Mas avisa aos estudantes que, às vezes, um grande veículo de massa é só glamour e que os salários nem sempre são melhores. E dá um alerta, lembrando que seus colegas de sala que não estagiaram na época da Universidade, não seguiram na área.
Hoje, Robson quer evoluir. Pretende estudar estratégias de comunicação e gerenciamento de crises. Atualmente faz mestrado sobre o perfil do novo consumidor e de como as instituições públicas estão preparadas para lidar com essa geração 3.0.
Questionado se se arrependeu da escolha da profissão, ele diz simplesmente “não”. Fala que fez vários amigos e que gosta do que faz. Se for para julgar pela sua tranquilidade, diria que acertou na mosca.
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