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sábado, 13 de julho de 2013

Senado vai ouvir jornalista americano que denunciou espionagem

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado marcou para a próxima terça-feira (16) uma audiência pública com o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, colaborador do jornal britânico “The Guardian”, sobre as denúncias de espionagem pelos Estados Unidos no Brasil. Greenwald vive no Rio de Janeiro e foi o primeiro a divulgar as informações sobre o caso.


No domingo, reportagem do jornal “O Globo” assinada por Greenwald revelou que, na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil, assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês) por telefonemas e e-mail. O jornalista também mostrou que até 2002 funcionou em Brasília uma estação de espionagem onde agentes da NSA trabalharam em conjunto com a Agência Central de Inteligência (CIA) norte-americana.

Greenwald foi convidado a falar na comissão após aprovação de requerimentos, na última terça, de autoria do presidente do colegiado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), e do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Ferraço convocou sessão extraordinária da CRE para terça após o norte-americano confirmar presença.

Nesta quarta-feira (10), o Senado autorizou a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias contra órgãos do governo norte-americano. A comissão será instalada após os líderes dos partidos indicarem os membros do colegiado.

Nesta semana, participaram de audiência pública no Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias os ministros da Defesa, Celso Amorim, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, das Comunicações, Paulo Bernardo, e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, José Elito Carvalho Siqueira.

O ministro da Defesa admitiu que há “vulnerabilidade” no sistema de proteção cibernética no Brasil e chegou a afirmar que não usa e-mail para assuntos importantes. Nesta sexta-feira (12), em cúpula do Mercosul em Montevideo, no Uruguai, a presidente Dilma Roussef disse que o bloco deve adotar medidas para evitar novos episódios de espionagem como os que foram denunciados recentemente.

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