O recente anúncio da Editora Abril sobre a demissão de 71 jornalistas e fechamento de revistas importantes abre mais espaço para um assunto que venho escrevendo insistentemente, que é a reflexão da classe dos jornalistas sobre sua próprio profissão, ou seja, qual a importância que temos no mundo contemporâneo, no mundo dos negócios e no universo cotidiano das pessoas.
O papel do profissional de comunicação deve ser debatido sempre nos próprios meios e não se deve jogar a culpa para a contínua queda da profissão de jornalista no país apenas na internet, mas sim, saber encontrar saídas para que essa queda não se torne tão acentuada.
Talvez, a crise que estamos vivendo agora seja a pior da história do jornalismo, desde a invenção da imprensa, não houve algo que abalasse tanto o mundo da comunicação quanto agora.
Críticos dirão que o jornalismo pode estar entrando em um lugar comum, quando é confundido com programas de entretenimento, perdendo algumas identidades fundamentais. Espera-se que os intelectuais e os sindicatos competentes possam pensar em soluções para esses problemas.
Outro grande problema é o jornalismo depender de grandes corporações de capital, que visam apenas o lucro como bandeira, deixando de lado algumas questões éticas importantes no mercado de trabalho e no jornalismo.
Mas a crise não se deve apenas pelo anúncio da Abril sobre as demissões, mas sim à um sistema arcaico e uma sociedade que cada vez mais têm gostado de entretenimento e cada vez mais deixa o pensamento e a reflexão a desejar.
Sobre as demissões da Abril, clique aqui.
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