Prof. Paula Venâncio / Foto: AJO |
A primeira, artes cênicas, estudou na Fundação das Artes, em São Caetano. Foi lá que a ex-técnica em Plástico pelo Senai, se encontrou. O curso lhe rendeu, não só uma carreira, como também um marido, o “japonês fotojornalista” com quem é casada há 5 anos e tem uma filha de 2 anos.
Formou-se como atriz em 2004, mas até hoje mantém suas raízes com a profissão: há mais de 10 anos está envolvida no projeto Vivarte, que oferece aulas de teatro gratuitas para o público infantil de São Caetano do Sul.
A carreira como jornalista veio por acaso: “Eu precisava fazer uma faculdade, mas não algo relacionado ao teatro. Não queria chover no molhado”.
Não foi difícil escolher onde cursar: o antigo IMES já fazia parte da sua vida. Ainda criança, seu pai, coordenador da Associação de ex-alunos, a trazia para o campus aos fins de semana quando vinha trabalhar.
Graduou-se em 2009, terminou o mestrado em comunicação em 2012 também na USCS, e até estagiou em algumas áreas como repórter, mas finalmente encontrou algo que envolvesse os seus conhecimentos e suas paixões: assessoria de imprensa.
Trabalha até hoje na área, assessorando grupos de teatro e música, onde faz o que ela chama de “gestão cultural”. “Não é só divulgar o trabalho deles. É entender o que eles precisam, onde querem chegar, como conseguir verba pra isso... você é uma espécie de polvo, faz de tudo”.
Atualmente acompanha a trupe Sinhá Zozima, elaborando ações e projetos. Uma das propostas do grupo é fazer intervenções teatrais em terminais de ônibus, como na ação: Toda Terça Tem Trabalho e Tem Também Teatro.
Outro grupo assessorado por Paula é o Chaiss, que une músicos de rua que tocam jazz em lugares públicos. O trabalho é basicamente o mesmo, elaborar projetos e conteúdos, e a dificuldade também costuma ser a mesma: verba.
Conseguir verba para grupos como esses, com propósitos voltados a comunidades e quase sempre fazendo apresentações gratuitas ou de baixo custo para o público, é um dos maiores desafios do assessor de imprensa que segue nessa área. O dinheiro geralmente vem do governo e de editais municipais e pra isso é preciso fazer com que o grupo vire notícia e seja interessante aos olhos do público.
Paula também trabalha na Tenda Cultural da USP, como Assessora em Educação e Desenvolvimento Cultural. É por meio dela, que a comunidade se aproxima do projeto e interage com ele.
Mesmo com tanto trabalho, ela ainda quer mais: recebeu algumas propostas de outros grupos para assessoria, mas está estudando se vai dar conta. Para ela, o importante é a qualidade, não a quantidade, e toma todo cuidado para que a tal “gestão cultural” seja sempre bem feita com quem assessora.
Toda essa satisfação e alegria em dizer o que faz, que estão estampadas no rosto dela são também claras nas suas declarações: “Estou num momento muito feliz, tenho a possibilidade de juntar as coisas. Eu entendo que não preciso estar no palco pra dizer que sou atriz, e não preciso trabalhar na redação pra dizer que faço jornalismo”.
Hoje Paula está prestes a montar sua própria empresa junto com sua parceira Claudia Monteiro, mas pretende continuar trabalhando por muito mais tempo com arte e comunicação, suas paixões.
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