Em sua publicação “Nerds e machismo: por que mulheres não são bem-vindas nos fóruns”, do dia 2 de fevereiro, foi denunciado o ambiente hostil no qual são recebidas as mulheres que tentam participar de fóruns com a temática nerd na web. Desde a postagem a jornalista é alvo da misoginia (aversão a mulheres) por parte dos usuários destes grupos on-line.
“Desde pequena eu observava que era tratada de forma diferente quando tentava fazer parte desses grupos, mas foi quando comecei a ter contato com o feminismo que passei a questionar por que era dessa forma”, relatou Ana ao jornal ABCD Maior.
A jornalista teve todos os seus dados hackeados, virou alvo de ameaças, montagens e passou a receber uma série de encomendas em casa, que continham de esterco a vermes. Até mesmo a localização de Ana começou a ser divulgada em fóruns. “No Carnaval, compartilhavam em que bloco eu estaria, incentivando para que fossem até lá me agredir”. Sentindo-se coagida, a profissional permaneceu em silêncio por cerca de um mês sofrendo todo tipo de pressão psicológica, até que decidiu tornar o caso público.
A repórter publicou um novo artigo denunciado a repressão que vinha sofrendo, procurou auxílio jurídico e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Santo André. Desde então, Ana tem recebido amplo apoio de coletivos feministas e ONGs defensoras da liberdade de expressão.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Adriane Mayer, a agressão virtual contra mulheres tem se tornado cada vez mais comum. Isso porque os agressores se sentem encorajados a fazer pelo computador o que muitas vezes não fariam em contato pessoal.
Fonte: ABCD Maior
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