Ultimamente, uma informalidade vem pairando sob as mais
diversas esferas sociais. Essa prática vem sendo disseminada e incorporada até mesmo
dentro do jornalismo, (território outrora tão sério e frio) no rádio e
especialmente na televisão.
Há 20 anos a regra era clara: sem risadinha. Evoluímos e tal
evolução se fez necessária. Dalai Lama, em uma de suas muitas encarnações
dizia que “tudo é relativo, nada é absoluto”, e com o passar do tempo notamos
claramente a metamorfose das coisas e, dentro dessas, cito aqui os meios de
comunicação.
A década de 90 foi um marco, representando uma transição de
uma sociedade ditatorial, dominada pelo medo e repressão para a tão sonhada
democracia. A censura tornou tudo tão sério durante quase 20 anos de regime, onde brincadeiras já
não eram aceitas. A população temia e os meios de comunicação
refletiam essa postura social. Em decorrência disso, uma seriedade perpetuou
sob os principais meios de comunicação até poucos anos atrás.
Com a explosão da Internet no Brasil, houve uma revolução.
Os memes tomaram conta das mídias digitais, os virais se tornaram pauta e
ambiente virtual passou a ser meio de propagação de informações, onde tudo se tornou
mais pessoal, e essa foi a chave de seu sucesso.
Atualmente, é perceptível que os telejornais buscam seguir
a linha de aproximação com seus telespectadores. Duas décadas se passaram, e na
briga pela audiência a regra é clara: vale ser informal, vale fazer piadinha, vale mostrar que até William Bonner sorri e é gente como a gente.
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