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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Maratona da lama

                        Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A prova começou no dia 5 de novembro, com o rompimento da barragem em Mariana-MG, a lama atingiu a cidade e deixou pessoas mortas e desaparecidas. Sem o interesse de barrar a lama, a mineradora Samarco não tinha se pronunciado sobre a "tragédia". E a lama seguiu firme, forte e tóxica. Percorreu os 853 km de extensão do Rio Doce, o que deixará o rio em coma induzido por no mínimo 100 anos. Causou mais mortes, mortes de peixeis, oxigênio e vida. Matar um rio não é crime? 

A Samarco acordou por uma decisão da Justiça Federal, na última quinta-feira, teve 24 horas para barrar a chegada da lama ao litoral do ES. A barragem de 9 km montada na Foz do Rio Doce não foi suficiente para impedir a lama de se espalhar pelo mar da região. Mais uma etapa vencida? 

A lama já adentrou mais de 10 km no mar do ES. Segundo o vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio Doce, o resultado era esperado, já que a mineradora não usou o material apropriado para segurar a água. Ou talvez a lama esteja muito bem para a maratona. 

Há quem diga que a maratona não acabou e que é possível que a lama chegue mais longe. Será que não temos a capacidade de parar uma lama? Até que ponto isso chegará? Ninguém irá se responsabilizar? Quantas consequências? Será que o prêmio desta maratona vai ser negligência e mortes?



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