Desde a popularização da internet, o jornalismo vem sofrendo uma espécie de "crise de identidade", principalmente agora, com ao boom dos dispositivos móveis e das redes sociais, se tornando, cada vez mais instantâneas. Todo mundo já está cansado de saber que as redações estão ficando enxutas e o profissional tem que ser cada vez mais polivalente.
Foto: UFRRJ |
Toda essa interação que as novas mídias trazem, nos fazem refletir sobre coisas cotidianas que poderiam se tornar menos o trabalho do jornalismo. Hoje, com aplicativos como o Waze, qualquer pessoa pode reportar algum problema no trânsito de São Paulo, desde um buraco até um acidente grave. Isso poderia ser considerado como um possível "começo do fim" do ofício de jornalista como conhecemos - e realmente foi -, mas não do jeito que imaginamos. Emissoras de rádio e televisão continuam noticiando o trânsito (usado aqui como exemplo) nos principais jornais, só que, agora, com o auxílio da tecnologia, ou seja, na TV Globo, por exemplo, a página do Waze é aberta no telão e as informações são apuradas e colocadas posteriormente no ar. Isso mostra, também, como é valioso o trabalho de apuração para as mídias.
Fazer jornalismo na internet, por muito tempo, limitava-se simplesmente em passar os textos do papel para o digital, o que, claro, não funciona. Os profissionais demoraram a encontrar alternativas rentáveis (afinal, deve-se lembrar que o jornalismo é, sobretudo, um ofício cada vez mais capitalista) para escrever nas novas plataformas.
Hoje, portais como A Pública, Estadão, Uol, entre outros, fazem reportagens para a Plataforma Digital, que na verdade são uma nova forma de enxergar o jornalismo, utilizando-se de todos os recursos que as novas plataformas podem oferecer ao leitor/ouvinte/espectador/internauta.
Estamos presenciando o começo de uma revolução, que não pode (e não vai) parar somente na internet, deve chegar aos outros meios, como televisão e rádio. Os estudantes de jornalismo entram na Universidade sem sequer ter ideia do que pode acontecer nos próximos anos. Ou seja, no mundo dos "Flashs" e "Mercúrios", você aprende algo que, daqui a quatro anos, já se modificou totalmente.
A empresa de Streaming Netflix anunciou que pode investir em jornalismo nos próximos anos. Isso pode ser mais uma alternativa para quem espera entrar no mercado em breve. Mas será que isso não vai mudar até lá?
Tempos Líquidos?
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