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quarta-feira, 2 de março de 2016

Chatô - O Rei do Brasil, a sátira de um ameríndio


A chanchada de Chatô finalmente pode já ser vista. A vida do “rei do Brasil” é mostrada por meio de um grande espetáculo televisivo . Assim como no livro, o longa se inicia com a cena de Chateaubriand e sua filha Teresa comendo bispos portugueses, tal como fizeram seus ancestrais Caetés. Para ele, essa era uma forma de divulgar e relembrar a origem de seu sangue ameríndio.

Com muito humor e um ótimo elenco, o filme usa personagens históricos (como o próprio Chatô e Getúlio Vargas) e ficcionais baseados na realidade, como acontece com Carlos Rosemberg, um híbrido de Carlos Lacerda e Samuel Wainer. Apesar de engraçado, pode-se aprender muito sobre como era a imprensa daquela época, a relação entre anúncios e notícias e as especulações políticas.

Outra coisa interessante são as filmagens antigas de “pouca qualidade”, que dão um tom a mais de sátira. Que Chatô é um ser onírico da mídia brasileira, não há duvidas. Mas o retratam de uma maneira caricata, pouco condizente com a realidade. As amostras de sua falta de ética são geniais, porém, em alguns momentos a narrativa transita entre realidade e ficção.

No longa, a retratação de Doutor Assis tem plena confiança no seu modo de ser. Chatô afirma em seu julgamento “eu não sou esse monstro que vocês dizem que eu sou”, de repente, com um sorriso irônico, ele saca um maço de dinheiro e completa “sou muito pior...”. E assim se encera a história do melhor brasileiro em ser o pior ser humano que a mídia desse país já teve.

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