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terça-feira, 14 de junho de 2016

No Brasil, mais de 70% das jornalistas sofrem assédio

Mulheres jornalistas têm sofrido com assédio moral e machismo dentro das redações e assessorias de imprensa. Segundo a pesquisa intitulada " Desigualdade de Gênero no Jornalismo" feita pelo Coletivo das Mulheres do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF), 77,9% das profissionais entrevistadas sofreram algum tipo de assédio ou perseguição por parte dos colegas ou chefes diretos. 


Mais de 70% das jornalistas afirmaram que já deixaram de exercer alguma atividade dentro do ambiente de trabalho por serem mulheres. O levantamento mostra de 61,5% das participantes receberam menos que os homens, mesmo que tenham exercido a mesma função. 

O estudo também analisou casos de racismo e preconceito sofridos nos locais de trabalho.Participaram da pesquisa 535 pessoas de vários estados do Brasil entre os meses de março e maio, sendo que a maioria das participantes são de Brasilia e São Paulo,  totalizando 300 mulheres nos dois estados. 

A pesquisa aponta que mulheres negras sofrem ainda mais com a violência, por consequência do machismo e racismo, que se entrelaçam diretamente, além disso, o estudo conseguiu identificar falta de representatividade negra, mostrando que existem poucas oportunidades para essas mulheres no mercado de trabalho. 

O Coletivo de Mulheres Jornalistas do SJPDF, iniciou esse trabalho a fim de discutir as questões de gênero e relações de trabalho dentro do jornalismo, uma pauta que precisa ser discutida em todos os âmbitos profissionais, para gerar debate em prol da desconstrução do machismo dentro da sociedade. 

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