Já
pensou se a sua carreira for interrompida por um robô? Para os jornalistas,
isso já está se tornando possível. Chamados de “jornalistas do futuro”, os
robôs redatores transformam dados em textos, com a possibilidade de publicá-los
de uma maneira rápida, garantindo o aumento de audiência do site.
Esse
serviço já é utilizado no jornal francês “Le Monde” e é fornecido pela empresa
Syllabs, também francesa.
Os
“jornalistas robôs” são programas que geram automaticamente uma informação, a
partir de dados fornecidos por alguém. Podem ser usados em notícias que contém
muitos dados e não precisam de muita análise, como resultados de eventos
esportivos e eleições, assim como o “Le Monde” fez nas eleições departamentais
francesas, em março de 2015.
Eles
utilizaram a ferramenta para elaborar textos a partir dos resultados eleitorais
de cada cidade, criando artigos locais para até 34.000 municípios e 2.000
cantões. Segundo a Syllabs, é algo impossível de fazer manualmente. Tudo isso,
consequentemente, tornou o site do veículo francês como o mais visitado no
segundo turno das eleições.
Helena
Blancafort, cofundadora da empresa, afirma que estes tipos de programas são
necessários, afinal, "antes um jornal não tinha que produzir tanto
conteúdo, mas agora, nas páginas eletrônicas, se quiser existir e ter
visibilidade, você tem que produzir constantemente conteúdos novos".
A
empresa foi fundada em 2006 e há cinco anos trabalha com robôs redatores,
porém, só obteve visibilidade em 2015, quando os veículos franceses, além do
“Le Monde”, "L'Expres", "Radio France", "Les
Echos" e "Le Parisien" aderiram aos “jornalistas do futuro”.
Muitos
acreditam que esse serviço pode tirar o trabalho dos profissionais de
jornalismo, mas, segundo Blancafort, as empresas que possuem esse programa
visam acrescentar conteúdos novos, ainda mantendo seu número de jornalistas que
fazem a análise dos resultados, intacto.
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