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terça-feira, 21 de junho de 2016

Redações aderem aos chamados “robôs jornalistas”

Já pensou se a sua carreira for interrompida por um robô? Para os jornalistas, isso já está se tornando possível. Chamados de “jornalistas do futuro”, os robôs redatores transformam dados em textos, com a possibilidade de publicá-los de uma maneira rápida, garantindo o aumento de audiência do site.

Esse serviço já é utilizado no jornal francês “Le Monde” e é fornecido pela empresa Syllabs, também francesa.

Os “jornalistas robôs” são programas que geram automaticamente uma informação, a partir de dados fornecidos por alguém. Podem ser usados em notícias que contém muitos dados e não precisam de muita análise, como resultados de eventos esportivos e eleições, assim como o “Le Monde” fez nas eleições departamentais francesas, em março de 2015.

Eles utilizaram a ferramenta para elaborar textos a partir dos resultados eleitorais de cada cidade, criando artigos locais para até 34.000 municípios e 2.000 cantões. Segundo a Syllabs, é algo impossível de fazer manualmente. Tudo isso, consequentemente, tornou o site do veículo francês como o mais visitado no segundo turno das eleições.

Helena Blancafort, cofundadora da empresa, afirma que estes tipos de programas são necessários, afinal, "antes um jornal não tinha que produzir tanto conteúdo, mas agora, nas páginas eletrônicas, se quiser existir e ter visibilidade, você tem que produzir constantemente conteúdos novos".

A empresa foi fundada em 2006 e há cinco anos trabalha com robôs redatores, porém, só obteve visibilidade em 2015, quando os veículos franceses, além do “Le Monde”, "L'Expres", "Radio France", "Les Echos" e "Le Parisien" aderiram aos “jornalistas do futuro”.

Muitos acreditam que esse serviço pode tirar o trabalho dos profissionais de jornalismo, mas, segundo Blancafort, as empresas que possuem esse programa visam acrescentar conteúdos novos, ainda mantendo seu número de jornalistas que fazem a análise dos resultados, intacto.

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