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quinta-feira, 30 de março de 2017

Onda de violência assola jornalistas no México

Mês de março entra para a história do jornalismo mexicano como o mais violento, série atentados vêm sendo cometidos contra profissionais da área em diferentes partes do país.

Na manhã da última quarta feira, dia 29, o jornalista Armando Arrieta Granados foi baleado em frente à porta de sua casa em Poza Rica, Veracruz. Arrieta é editor chefe do jornal La Opinión de Poza Rica e professor da Universidad Veracruzana, até o momento encontra-se internado em estado grave. Trata-se do segundo atentado contra um profissional de jornalismo só essa semana.

Armando Arrieta Granados (foto: Facebook)
Na madrugada do dia 28 a casa do jornalista Julio Omar Gómez foi incendiada em Baja California Sur, seu guarda costas foi baleado e morto ao protegê-lo. Outros três jornalistas entram para a lista de vítimas deste mês sangrento; Cecilio Pineda Birto, diretor do jornal La Voz de Tierra Caliente foi baleado e morto por dois homens em uma motocicleta no dia 2, em Guerrero. Ricardo Monlui Cabrera que era diretor do El Político foi assassinado a tiros em Yanga, Veracruz, no dia 19. E no dia 23, Miroslava Breach Velducea, correspondente do La Jornada, foi morta em seu carro, em Chihuahua. 

Devido à grande repercussão dos casos o jornalista e acessor de segurança mexicano da Associação Mundial de Jornais, Javier Garza declarou que é difícil determinar se as pessoas por trás da violência são associadas ao crime organizado ou a algum nível do governo. Garza também denunciou a impunidade no julgamento de casos do gênero, segundo ele todos os que atacaram jornalistas no último ano saíram sem punição.

Homenagem de internautas à Miroslava Breach. (Fonte: Twitter)
O site Animal Político publicou há poucos dias que 99,7% dos ataques contra jornalistas ficam impunes, de acordo com dados oficiais do Ministério Público para os Delitos Contra a Liberdade de Expressão (Feadle). Entre julho de 2010 e dezembro de 2016 o Feadle recebeu aproximadamente 798 atentados contra a categoria, desses casos, menos de 6% chegaram às vias da condenação.

Após a morte de Velducea diversos profissionais da imprensa lançaram a campanha #YaBastadeBalas, a Anistia Internacional juntamente com inúmeras organizações voltadas a liberdade de expressão exigem que o Governo Mexicano adote medidas com relação a situação. 

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