Na última segunda-feira (10),
a série de reportagens Panama Papers foi agraciada com o Pulitzer, prêmio mais
importante do jornalismo, na categoria Explanatory Reporting. O Consórcio
Internacional de Jornalistas Investigativos, que coordenou a cobertura, foi
contemplado pelo júri juntamente com outros dois integrantes do trabalho, o
Miami Herald e a rede McClatchy, responsável pela publicação de 29 jornais.
Os jurados afirmam que o que fez a
investigação se sobressair na premiação foi seu caráter internacional, “uma
colaboração de repórteres de seis continentes para expor a infraestrutura
oculta e escala global das empresas offshore”. No Brasil, a equipe do jornal
Estadão, juntamente com jornalistas do UOL e da RedeTV! participaram da
apuração dos documentos.
Os papéis vazados da empresa Mossack Fonseca ligam 14 atuais ou ex-líderes mundiais com empresas offshore, comprometendo especialmente o presidente russo Vladimir Putin, cujo círculo de amigos e assessores movimentou cerca de US$ 2 bilhões secretamente. A parte brasileira da averiguação dos Panama Papers revelou a existência de 107 paraísos fiscais conectados a políticos investigados na Operação Lava Jato.
Jornalistas da investigação em reunião. Fonte: panamapapers.icij.org |
Os papéis vazados da empresa Mossack Fonseca ligam 14 atuais ou ex-líderes mundiais com empresas offshore, comprometendo especialmente o presidente russo Vladimir Putin, cujo círculo de amigos e assessores movimentou cerca de US$ 2 bilhões secretamente. A parte brasileira da averiguação dos Panama Papers revelou a existência de 107 paraísos fiscais conectados a políticos investigados na Operação Lava Jato.
O presidente russo Vladimir Putin, o mais afetado pela divulgação dos documentos |
Entendendo os Panama Papers
O uso de empresas offshore por si
só não constitui crime, porém, durante as investigações foi apurado que algumas
companhias de fachada reportadas nos documentos podem ter sido empregadas para
fins ilegais, incluindo fraude, evasão fiscal e tráfico de drogas.
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