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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Mas, é prá quando?

Oh! Deadline se por ti sinto amor ou asco, não sei de fato. Oh! Musa do imediato...


Todo jornalista convive diariamente com prazos, alguns os amam, outros odeiam. Eu particularmente não consigo me decidir, o lado bom é que eles dão a ilusão de necessidade. Eu, no estágio de voluntário na AJO, sou cobrado a fazer coisas que me comprometia a fazer quando ficava em casa e nunca fazia, como escrever textos toda semana.

Como sou voluntário, em teoria não ganho nada, então poderia usar a frase “não sou obrigado”.

Mas a verdade é que a ilusão de necessidade gerada pelo prazo me faz ser mais produtivo e esse seria o lado bom. 

Tanto que meu portfólio está maior do que nunca e com coisas que jamais faria por vontade própria, como falar no rádio.

O lado ruim é que prazos são chatos e nada mais. Os prazos ou deadline, como muitos costumam usar, são o que mais se aproximam de uma rotina para os jornalistas. Sempre haverá um novo prazo amanhã, não importa se você terminou esse ou aquele, se está adiantado ou atrasado, os prazos sempre estarão lá para assombrar-lhe.

Na verdade não são apenas os jornalistas que tem prazos, mas todos os seres vivos tem seu prazo mor, a morte. Costumo dizer que a morte é o combustível da vida, porque a incerteza do amanhã nos move a agirmos hoje. Talvez seja por isso que usam o termo deadline (linha da morte, em uma tradução livre).

Vamos para a analogia do dia, para que eu possa ajudar-lhe a entender o meu raciocínio. A noticia é um paciente, nós jornalistas somos o médico. Se tratarmos na hora certa, o paciente vive para desempenhar seu papel, por outro lado se o tratamos tarde... o paciente perece, e é enterrado e esquecido.

Assim são as notícias, afinal de contas de que serve dizer que o Maluf foi preso quando ele está sendo solto?


Nota ao editor: Desculpe-me pelo atraso.

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