Oh! Deadline
se por ti sinto amor ou asco, não sei de fato. Oh! Musa do imediato...

Todo jornalista convive diariamente com prazos,
alguns os amam, outros odeiam. Eu particularmente não consigo me decidir, o lado
bom é que eles dão a ilusão de necessidade. Eu, no estágio de voluntário na
AJO, sou cobrado a fazer coisas que me comprometia a fazer quando ficava em
casa e nunca fazia, como escrever textos toda semana.
Como sou voluntário, em teoria não ganho nada,
então poderia usar a frase “não sou obrigado”.
Mas a verdade é que a ilusão de necessidade
gerada pelo prazo me faz ser mais produtivo e esse seria o lado bom.
Tanto que meu portfólio está maior do que nunca e com coisas que jamais faria por vontade própria, como falar no rádio.
Tanto que meu portfólio está maior do que nunca e com coisas que jamais faria por vontade própria, como falar no rádio.
O lado ruim é que prazos são chatos e nada
mais. Os prazos ou deadline, como
muitos costumam usar, são o que mais se aproximam de uma rotina para os jornalistas. Sempre haverá um novo prazo amanhã, não importa se você terminou esse ou
aquele, se está adiantado ou atrasado, os prazos sempre estarão lá para
assombrar-lhe.
Na verdade não são apenas os jornalistas que
tem prazos, mas todos os seres vivos tem seu prazo mor, a morte. Costumo dizer
que a morte é o combustível da vida, porque a incerteza do amanhã nos move a
agirmos hoje. Talvez seja por isso que usam o termo deadline (linha da morte, em uma tradução livre).
Vamos para a analogia do dia, para que eu possa
ajudar-lhe a entender o meu raciocínio. A noticia é um paciente, nós
jornalistas somos o médico. Se tratarmos na hora certa, o paciente vive para
desempenhar seu papel, por outro lado se o tratamos tarde... o paciente perece, e é enterrado e esquecido.
Assim são as notícias, afinal de contas de que
serve dizer que o Maluf foi preso quando ele está sendo solto?
Nota ao editor: Desculpe-me pelo atraso.
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