
Já de inicio, Clarke
demonstra que muitos dos problemas enfrentados por TC no fim da vida foram
causados por recordações ruins da infância. Bem como o abandono sofrido pelos
pais e o alcoolismo da mãe, além da rejeição sofrida por ser homossexual e pelo gênio
difícil de lidar. Mas nem tudo são problemas, muitos dos abusos sofridos lhe
fizeram crescer como ser humano e principalmente como escritor, proporcionando
bases para várias narrativas.

No livro, há varias curiosidades acerca do longa, como por exemplo, o fato de Truman querer que a amiga Marilyn Monroe fizesse o papel de protagonista, mas Hollywood escolheu Audrey em seu lugar, que foi aclamada pela crítica.
O retrato desenhado de
Capote é preciso, não tem como não se emocionar junto com a trajetória e sentir-se
dentro da trama, como se fosse parte integrante de toda a história. Além de Marilyn,
passamos a conhecer o cantor Frank Sinatra, a família Kennedy e outras
celebridades da época. Muitos foram grandes amigos de Truman, mas devido ao seu
compromisso com a literatura, Capote traiu a alta sociedade para alimentar narrativas. E ao fim, foi odiado quase na mesma medida que foi amado um
dia.
Truman sabia ser
comicamente trágico e podemos perceber essa característica em sua biografia, além de como a vida dele passou de
uma inocente ironia para uma piada sem graça. Sem dúvida alguma, Gerald Clarke
conseguiu fazer uma das melhores biografias de todos os tempos, demonstrando
realmente como são os problemas, como a identidade de gênero e o alcoolismo.
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