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sexta-feira, 29 de abril de 2016

O possível fim da internet ilimitada

Não é mais novidade que a Anatel pretende fazer uma limitação na banda larga. Segundo o presidente da empresa, João Rezende, os consumidores foram mal acostumados com a internet ilimitada, e também colocou a culpa em usuários que jogam online em seus videogames ou computadores.

João Rezende, presidente da Anatel
Imagem: Divulgação
A limitação da internet não coloca só em risco a rotina de quem usa a internet para o lazer – seja para ver filmes, séries ou até mesmo jogar online –, também prejudica a rotina de quem trabalha online, seja fazendo freelance, com vídeos no YouTube ou podcasts em outras plataformas, e com isso é possível perceber que a área mais afetada será a comunicação.

Os usuários que não possuem condições para assinar um plano com maiores dados, terão de optar entre ver o feed de notícias do Facebook, assistir uma série ou então ver um vídeo no YouTube. E isso tudo correndo o risco de ficar sem banda larga pelo resto do mês.

Como funcionará a limitação:

O princípio da limitação é igual ao aplicado com os celulares: assim que excedida, a franquia é cortada ou diminuída drasticamente, e o consumidor possui duas opções: pagar um valor para que sua franquia seja restabelecida, ou esperar virar o dia para contar novamente seu pacote diário.

No caso da internet fixa, o pacote será mensal, e não diário. Ou seja, quando o usuário passar do limite, a banda será cortada ou diminuída, e por um valor estipulado pela empresa, poderá ser restabelecida. Se o usuário optar por não restabelecer sua franquia, ela só será reposta a partir do mês seguinte.

Em outros países, o uso de franquia na internet fixa é comum, mas os pacotes disponibilizados para os usuários são maiores e a qualidade da internet também é melhor. Além de ser mais rápida e mais eficaz, os preços são justos com relação ao salário médio da população.

Países como Canadá e Estados Unidos, aderiram ao uso das franquias para a Internet fixa, e segundo o presidente da Anatel, o Brasil precisa se adequar a essa tendência, mas o maior problema é que essa tal “tendência”, não beneficiará os usuários, e sim as empresas que fornecem a Internet.

Algumas empresas já declararam que vão aderir a franquia de dados, outras ainda não se pronunciaram e uma delas já afirmou que não vai aderir. A polêmica continua, e por enquanto nada foi decidido.

A OAB disse em nota que a Anatel está errada em apoiar esse tipo de decisão, pois a mesma foi criada para defender o direito dos consumidores. Já a empresa rebateu, dizendo que isso vai ser bom para os internautas, que foram “mal acostumados com a internet ilimitada”.

Rezende também disse que a “era da internet ilimitada está chegando ao fim”, o que soa como um equívoco, pois as dimensões que essa discussão está tomando, dão a entender que o destino da Internet brasileira está longe de ter um veredito.

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