Não é mais novidade que a Anatel pretende fazer uma
limitação na banda larga. Segundo o presidente da empresa, João Rezende, os consumidores
foram mal acostumados com a internet ilimitada, e também colocou a culpa em usuários
que jogam online em seus videogames ou computadores.
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João Rezende, presidente da Anatel Imagem: Divulgação |
A limitação da internet não coloca só em risco a rotina de
quem usa a internet para o lazer – seja para ver filmes, séries ou até mesmo
jogar online –, também prejudica a rotina de quem trabalha online, seja fazendo freelance, com vídeos no YouTube ou podcasts em outras plataformas, e com isso é possível perceber que a área mais afetada será a comunicação.
Os
usuários que não possuem condições para assinar um plano com maiores dados,
terão de optar entre ver o feed de
notícias do Facebook, assistir uma série ou então ver um vídeo no YouTube. E
isso tudo correndo o risco de ficar sem banda larga pelo resto do mês.
Como funcionará a limitação:
O princípio da limitação é igual ao aplicado com os
celulares: assim que excedida, a franquia é cortada ou diminuída drasticamente,
e o consumidor possui duas opções: pagar um valor para que sua franquia seja restabelecida, ou esperar virar o dia para contar novamente seu pacote diário.
No caso da internet fixa, o pacote será mensal, e não
diário. Ou seja, quando o usuário passar do limite, a banda será cortada ou
diminuída, e por um valor estipulado pela empresa, poderá ser restabelecida.
Se o usuário optar por não restabelecer sua franquia, ela só será reposta a
partir do mês seguinte.
Em outros países, o uso de franquia na internet fixa é
comum, mas os pacotes disponibilizados para os usuários são maiores e a
qualidade da internet também é melhor. Além de ser mais rápida e mais eficaz,
os preços são justos com relação ao salário médio da população.
Países como Canadá e Estados Unidos, aderiram ao uso das
franquias para a Internet fixa, e segundo o presidente da Anatel, o Brasil precisa
se adequar a essa tendência, mas o maior problema é que essa tal “tendência”,
não beneficiará os usuários, e sim as empresas que fornecem a Internet.
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A OAB disse em nota que a Anatel está errada em apoiar esse
tipo de decisão, pois a mesma foi criada para defender o direito dos consumidores. Já a empresa
rebateu, dizendo que isso vai ser bom para os internautas, que foram “mal
acostumados com a internet ilimitada”.
Rezende também disse que a “era da internet
ilimitada está chegando ao fim”, o que soa como um equívoco, pois as dimensões
que essa discussão está tomando, dão a entender que o destino da Internet
brasileira está longe de ter um veredito.
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