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terça-feira, 27 de junho de 2017

Jornalismo sofre duros golpes na Venezuela


Manifestante em um dos protestos contra o governo de Maduro. (Fonte: Eleconomista)
Nesta terça-feira celebra-se o Dia do Jornalista na Venezuela, data estabelecida em homenagem ao primeiro exemplar do “Correio do Orinoco”, publicado por Simón Bolívar em 27 de junho de 1818. Mas o jornalismo venezuelano há tempos não possui razões para comemorar, a data é apenas mais um dia de luta na vida destes profissionais que segundo a ONG Espaço Público, sofreram 367 ataques (dentre eles detenções, agressões físicas, censura, multas administrativas indevidas) desde o início deste ano.

O cenário é sombrio tanto para meios de comunicação locais, como para estrangeiros, a tarefa de informar torna-se cada dia mais difícil na Venezuela comandada por Nicolás Maduro. De acordo com o Instituto de Imprensa e Sociedade (Ipys), no primeiro semestre de 2017 foram fechadas 42 rádios em sete estados. A censura é evidente, dado que em muitos casos as emissoras eram de regiões rurais, onde não há outra forma de acesso à informação. Portanto, enquanto os protestos contra Maduro se intensificam e consequentemente a repressão a opositores, moradores do interior ficam no escuro..


Mulher protesta junto à barreira policial. (Fonte: Eleconomista)
Segundo Carlos Correa, da Espaço Público, entre 2002 e maio de 2017 foram fechados cerca de 130 meios de comunicação. Canais digitais e estrangeiros são desativados pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) em um piscar de olhos, e um simples tweet pode causar a prisão de uma pessoa. O controle sobre meios estrangeiros também se intensificou, estima-se que este ano tenham sido deportados 17 correspondentes especiais de veículos de diversos países, inclusive do Brasil. 

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