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quarta-feira, 2 de março de 2016

Chatô - O Rei do Brasil, a sátira de um ameríndio


A chanchada de Chatô finalmente pode já ser vista. A vida do “rei do Brasil” é mostrada por meio de um grande espetáculo televisivo . Assim como no livro, o longa se inicia com a cena de Chateaubriand e sua filha Teresa comendo bispos portugueses, tal como fizeram seus ancestrais Caetés. Para ele, essa era uma forma de divulgar e relembrar a origem de seu sangue ameríndio.

Com muito humor e um ótimo elenco, o filme usa personagens históricos (como o próprio Chatô e Getúlio Vargas) e ficcionais baseados na realidade, como acontece com Carlos Rosemberg, um híbrido de Carlos Lacerda e Samuel Wainer. Apesar de engraçado, pode-se aprender muito sobre como era a imprensa daquela época, a relação entre anúncios e notícias e as especulações políticas.

Outra coisa interessante são as filmagens antigas de “pouca qualidade”, que dão um tom a mais de sátira. Que Chatô é um ser onírico da mídia brasileira, não há duvidas. Mas o retratam de uma maneira caricata, pouco condizente com a realidade. As amostras de sua falta de ética são geniais, porém, em alguns momentos a narrativa transita entre realidade e ficção.

No longa, a retratação de Doutor Assis tem plena confiança no seu modo de ser. Chatô afirma em seu julgamento “eu não sou esse monstro que vocês dizem que eu sou”, de repente, com um sorriso irônico, ele saca um maço de dinheiro e completa “sou muito pior...”. E assim se encera a história do melhor brasileiro em ser o pior ser humano que a mídia desse país já teve.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Chatô: 20 anos para as telas e três meses para a internet

Demorou 20 anos para o longa Chatô ser exibido nas telonas, mas apenas três meses para chegar à Netflix. O serviço de streaming adquiriu os direitos sobre Chatô - O Rei do Brasil, que está disponível no online desde o dia 20 de fevereiro.

Cínico, debochado, mulherengo e extrovertido, Chatô era uma figura polêmica por natureza, não apenas pelos seus atos mas também por suas crenças. Fez fortuna e fama através de seus jornais, os Diários Associados, mas defendia com unhas e dentes que “anúncio é dinheiro, notícia é perfumaria”. Fundou a Rádio Tupi e depois a TV Tupi, muito de olho no quanto poderia lucrar em cima de patrocinadores, se atendo à qualidade do material apenas como meio de justificar o custo dos comerciais. Investiu em arte e ajudou a fundar o MASP (Museu de Arte de São Paulo), porque isto lhe ajudaria a alcançar o que mais queria: poder.

O filme começou a ser produzido em 1995 e foi interrompido em 1999. O material foi engavetado devido à suspeita de que, na primeira tentativa de lançar-se como diretor, Guilherme Fontes tenha se envolvido em um grande escândalo de mau uso de verbas governamentais destinadas ao cinema e à cultura. O filme só foi concluído em 2015.

A vida de Chateaubriand é analisada a partir de um AVC, que o faz delirar com um julgamento, onde antigos amores e desafetos se unem para o acerto de contas. Trata-se de uma proposta semelhante à do musical "O Show Deve Continuar", dirigido por Bob Fosse, onde um diretor de cinema também mulherengo vê sua vida passar diante de seus olhos a partir de um enfarte.

Dois importantes personagens do filme são ficcionais: Vivi Sampaio (Andréa Beltrão), que reúne muitas características de Aimée Soto-Maior de Sá, figura da sociedade carioca, e Carlos Rosemberg, como um fictício híbrido de Samuel Wainer e Carlos Lacerda.

Fontes: Adoro Cinema e Omelete.