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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

FENAJ divulga "Relatório 2014 da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil"

Na última quinta-feira (22), a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou o relatório anual de violência contra jornalistas e liberdade de imprensa do ano de 2014.

O evento de divulgação, que aconteceu no Rio de Janeiro, contou com a presença dos diretores dos Sindicatos dos Jornalistas do Município e do Estado do Rio de Janeiro, de São Paulo, Espírito Santo, Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Além de representantes das universidades Estadual do Rio de Janeiro e também da Unicarioca, Marcelo Sales, estava presente um representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e Patrícia Palma, viúva do jornalista Pedro Palma, que foi assassinado em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2014.
           
O documento traz dados por região, estado, gênero, mídia e agressores. No ano passado foram registrados 129 casos de agressões a jornalistas, incluindo 03 casos de morte. Ainda de acordo com o relatório, 62 dos atos de violência, que representam 48% do total, foram praticados por policiais militares e guardas municipais, sendo que grande parte aconteceu durante as manifestações de rua. Mas não são somente os policias que representam perigo à liberdade física e de expressão dos profissionais, em segundo lugar estão os próprios manifestantes, seguidos por políticos, assessores e/ou seus representantes.

Os registros demonstram uma redução de 30% de agressões em relação a 2013, porém isso não tranquiliza os profissionais de comunicação, uma vez que os casos de violência extrema, quando há assassinato, aumentaram em relação aos anos anteriores.

Entre os assassinatos cometidos, estão os casos dos profissionais Santiago Ilídio Andrade (RJ), Pedro Palma (RJ) e Geolino “Geo” Lopes Xavier (BA), sendo que os dois últimos casos ainda não obtiveram resultados de identificação dos autores, que permanecem livres.            
O cerceamento à liberdade de expressão por meio de ações judiciais também foram indicados no relatório, representando 9% dos casos.

Os profissionais do jornalismo sofreram ainda com ameaças e intimidações, considerados 8% do total. Ainda mais impressionante, é o fato de que na maioria dos casos não são identificados os responsáveis diretos.

O relatório, além de informar e trazer a tona dados que muitas vezes são esquecidos, relembra a insegurança a que todos estamos sujeitos, inclusive no ato de exercer nossas profissões.  

(Com informações: FENAJ, G1 e Portal Comunique-se)

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