Na
última quinta-feira (22), a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou
o relatório anual de violência contra jornalistas e liberdade de imprensa do ano
de 2014.
O evento de divulgação, que
aconteceu no Rio de Janeiro, contou com a presença dos diretores dos Sindicatos
dos Jornalistas do Município e do Estado do Rio de Janeiro, de São Paulo,
Espírito Santo, Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Além de
representantes das universidades Estadual do Rio de Janeiro e também da
Unicarioca, Marcelo Sales, estava presente um representante da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, e Patrícia Palma, viúva do jornalista Pedro Palma,
que foi assassinado em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2014.
O documento traz dados por região,
estado, gênero, mídia e agressores. No ano passado foram registrados 129 casos
de agressões a jornalistas, incluindo 03 casos de morte. Ainda de acordo com o
relatório, 62 dos atos de violência, que representam 48% do total, foram
praticados por policiais militares e guardas municipais, sendo que grande parte
aconteceu durante as manifestações de rua. Mas não são somente os policias que
representam perigo à liberdade física e de expressão dos profissionais, em segundo
lugar estão os próprios manifestantes, seguidos por políticos, assessores e/ou
seus representantes.
Os registros demonstram uma redução
de 30% de agressões em relação a 2013, porém isso não tranquiliza os
profissionais de comunicação, uma vez que os casos de violência extrema, quando
há assassinato, aumentaram em relação aos anos anteriores.
Entre os assassinatos cometidos,
estão os casos dos profissionais Santiago Ilídio Andrade (RJ), Pedro Palma (RJ)
e Geolino “Geo” Lopes Xavier (BA), sendo que os dois últimos casos ainda não
obtiveram resultados de identificação dos autores, que permanecem livres.
O cerceamento à liberdade de expressão por meio de ações
judiciais também foram indicados no relatório, representando 9% dos casos.
Os profissionais do jornalismo sofreram ainda com ameaças
e intimidações, considerados 8% do total. Ainda mais impressionante, é o fato
de que na maioria dos casos não são identificados os responsáveis diretos.
O relatório, além de informar e
trazer a tona dados que muitas vezes são esquecidos, relembra a insegurança a
que todos estamos sujeitos, inclusive no ato de exercer nossas profissões.
(Com informações: FENAJ, G1 e Portal Comunique-se)
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