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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Demissões no mercado jornalístico

Os meios de comunicação brasileiros passam por momento complicado. Não bastasse a crise financeira que sofrem (principalmente jornais e revistas), ainda se enfrenta uma crise de valores do conteúdo jornalístico. As coberturas feitas pelas redes de televisão abertão são cada vez mais abusivas e sensacionalistas, com cada vez mais sangue sendo espirrado na tela.

Outros veículos se deixam levar (mais do que deviam) por interesses empresariais, e acabam fazendo com que a qualidade do produto caia.
Alguns acontecimentos dos últimos dias ilustram bem o grande problema que nós, jornalistas, enfrentaremos daqui para frente.


Morte da INFO

A Editora Abril anunciou o encerramento das atividades da versão digital da Revista Info, que tratava de novas tecnologias. Ao todo, 12 jornalistas foram demitidos.

A empresa fez várias demissões em massa nos últimos tempos e ficou proibida pelo sindicato de fazer novamente. O SJSP vai investigar essas dispensas para ver se está dentro da “cota” permitida.

Engana-se quem pensa que a Abril vai perder lucro com o ocorrido. Para manter os contratos comerciais, a empresa vai deixar uma página da Revista Exame com o nome “INFO”, com um repórter, um estagiário e um programador.



Dois lados da mesma moeda

Outra série de demissões aconteceu no jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Ao todo, entre 30 e 40 pessoas perderam o emprego nessa que seria a maior crise do meio impresso da história.


Um dos motivos da crise seria o monopólio do Grupo Globo no Estado, o que dificulta a concorrência.

Por outro lado, pesquisa divulgada pelo site Meio & Mensagem acende uma luz no fim do túnel dos jornais impressos. Os cinco maiores jornais brasileiros aumentaram a circulação em comparação com o primeiro semestre do ano passado. Veja os números:

Zero Hora (14%)
Estadão (4%)
Folha de S. Paulo (3,6%)
Super Notícia (1,9%)
O Globo (0,8%).





Mudança de cenário

Demitir jornalistas por conta de crise financeira é ruim, mas fazer isso sem falta de dinheiro é realmente um absurdo. Mas não para os empresários mexicanos do Portal Terra, que demitiu 80% da redação e passa a trabalhar apenas com Releases e pautas de assessorias, sem produção autoral.

Reportagem do Portal Imprensa 




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