Definitivamente, quem escolhe o jornalismo como
profissão não pode estar apegado ao glamour, à coisa perfeita. Prova disso são alguns vídeos de
micos de jornalista que podemos ver na internet com as gafes cometidas no universo de quem dá a notícia. Errar é humano, e o jornalista - embora muita gente discorde - também se enquadra nessa categoria. O diferencial está no fato do jornalista ser um formador de opinião, muitas vezes influindo na vida das pessoas. A cada matéria publicada, poderá ganhar fãs ou inimigos, mas sempre terá de manter o
compromisso com a verdade e a isenção.
Nesta semana, para comemorar o Dia
do Jornalista (7 de abril), decidimos trazer um breve relato de dois jornalistas sobre quais
eram suas motivações quando começaram a cursar jornalismo e o que encontraram quando começaram
a trabalhar na área. Confira.

Arquimedes Pessoni, Doutor em Comunicação Social e Professor de Jornalismo n da
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)
“Minhas ideias eram mais abrangentes e otimistas. Acho que quando a
gente é mais jovem e estudante tem vontade de mudar o mundo pela profissão.
Depois compreendi - a idade traz sabedoria - que a gente precisa primeiro mudar
a si mesmo e depois tentar mudar os outros. Nossa profissão envolve muitos
interesses e nem sempre podemos publicar aquilo que queremos. Acredito que hoje
consiga ver com mais discernimento as possibilidades de atuar em comunicação na
área de formação de jornalistas e estes mudarão o mundo de maneira ética,
sempre sabendo que há interesses maiores, mas cabe a cada um saber até onde vai
sem ferir sua moral e ética.”

Márcio
Santos, jornalista da TV Record
“Escolhi
jornalismo por ser uma área bem explorada em casa. Desde muito cedo, meus pais
davam preferências ao jornal e eu sempre os acompanhei. Quando comecei a
faculdade, tinha em mente o jornal escrito e uma grande vontade de trabalhar na
redação da Folha de S. Paulo. Com o passar do tempo, consegui estágio na TV, daí tudo
mudou. Passei a ter contato direto com a notícia, desde a produção até a exibição.
O dinamismo e a velocidade da informação me conquistaram. Creio que me encontrei. A
partir daí, comecei a enxergar o jornalismo de um modo diferente. Trabalhei com muitos jornalistas
conceituados, como o Ricardo Boechat. Marcelo Resende, José Luiz Datena e Boris Casoy. O
jornalismo trouxe muito conhecimento para mim e me deixou mais qualificado para falar de diferentes assuntos - e até me
comunicar de maneira mais clara. É, sim, a profissão que eu queria e me empenho
para continuar nela por muitos anos.”
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