Telejornais trazem uma linguagem cada vez mais popular, chegando a interagir com o público
Hoje, dia do jornalista,
vamos falar de uma das áreas mais desejadas dos jovens que querem ingressar
nesta profissão apaixonante, que vai muito além de noticiar os fatos: está no
ar o telejornalismo.
Com espaço garantido em
todas as grades de programação da televisão brasileira, assim como os demais
gêneros deste veículo, o telejornal não escapou das mudanças ocorridas nos
últimos anos por conta do avanço tecnológico e do fenômeno da internet. A
televisão está sofrendo uma grande transformação na grade de programação de
todas as emissoras.
O telejornalismo é um gênero
clássico, composto por reportagens, matérias, links e escaladas, que são
formatos, e é o que dita a credibilidade do veículo de comunicação.
Para ilustrar a
transformação que vem ocorrendo no telejornal, diversos noticiários procuram
pela popularização da linguagem a partir de conversas descontraídas e até
brincadeiras entre os apresentadores, por exemplo, no Jornal Hoje, com a informalidade da dupla Sandra Annenberg e Evaristo Costa, que integram as tardes da programação da Rede Globo.
Evaristo Costa e Sandra Annenberg na bancada do Jornal Hoje Crédito: Divulgação TV Globo |
Do ponto de vista da
jornalista Aline Silva Corrêa Maia, em sua tese O Telejornalismo no Brasil na Atualidade: Em Busca do Telespectador,
de 2011
“Este comportamento, que tem tomado conta das redações de telejornal, justifica-se pela necessidade de mudança de estratégia na captura do receptor, o telespectador. Não importa a idade, a classe social, o sexo, o grau de instrução. O desafio, agora, é (re)criar laços de proximidade e familiaridade com o público, a fim de garantir a audiência.”
Chico Pinheiro em momento de descontração com Rodrigo Bocardi no jornal Bom Dia Brasil da TV Globo. Crédito: Divulgação |
Desde sua origem, o
telejornalismo, que começou no Brasil nos anos 50 com a TV Tupi e o jornal
Imagens do Dia, tem passado por constantes reformulações nos formatos e
linguagens. Dentre os principais noticiários brasileiros, pode se citar o
Repórter Esso, que veio ao ar em 1952, na TV Tupi do Rio e o Jornal Nacional,
em 1969, que dita mudanças no telejornalismo até os dias de hoje.
Com características vindas
do rádio, jornal impresso e estilos norte-americanos, este gênero televisivo
enfrentou grandes dificuldades em seu início, sendo consolidado no país a
partir dos anos 1960 por conta de fatores como o avanço tecnológico, expansão
intelectual e necessidades mercadológicas.
Laura Ferreira e Luiz Megale apresentam o Café com Jornal, noticiário matutino da TV Bandeirantes que aposta em linguagem descontraída para atrair o público Crédito: Divulgação |
No decorrer do tempo, as
mudanças de comportamento da sociedade evoluem juntamente com a modernização e
o surgimento de novas tecnologias. Sendo assim, os meios de comunicação de modo
geral, assim como o telejornalismo, precisam acompanhar estas transformações,
com o olhar para as necessidades sociais, como hábitos e gostos, a fim de não
perder mercado e ibope. Daí, a corrida atual destes meios, sempre se renovando
para interagir e atender o seu público, hoje, impulsionado pela era digital, em
que todos são “prosumers” (produtores e consumidores).
Em frente às câmeras, nas ondas do rádio, no universo dos impressos ou na imensidão de possibilidades da internet, não importa os meios em que se trabalha. Jornalista, neste dia, a pauta é você. Parabéns!
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