
Já foram escritos aqui, neste blog, pelos amigos Regine Wilston e Felipe Gulin, os temas apresentados pelos grupos que relembro agora "Ciúmes sem Limites" e "Bulling: até quando?".
Volto a falar sobre o assunto, para salientar um ponto que me chamou a atenção - a trilha sonora.
Durante os dois programas de rádio foram utilizadas músicas que nos situaram com propriedade sobre os temas que estavam sendo colocados para reflexão.
" Tanto ou mais que no cinema, o comentário musical ajuda a criar, em torno das palavras, o ambiente peculiar requerido para provocar no ouvinte uma determinada identificação emocional". ( Kaplún, 1994:168)
Pude perceber a importância da escolha correta de determinada música para ajudar no entendimento do texto, complementando o assunto e ao mesmo tempo enriquecendo seu conteúdo.
Não é de hoje que a música é instrumento de estudo para diversas áreas da nossa sociedade.
Ela pode ser encontrada em oficinas de instituições de recuperação para infratores, em ONGS que trabalham para o desenvolvimento de comunidades carentes, médicos a utilizam para reabilitação de pacientes com AVC, para melhoria de humor em pacientes com câncer, além de fazer muito bem ao coração, propiciando alegria e bem estar.
A música tem o poder de mudar o nosso humor, nos traz sentimentos de prazer, alegria ou tristeza, nos motiva ou também pode nos estagnar.
Mas com certeza é uma aliada poderosa para os mais diversos meios de comunicação.
Um exemplo disso foi a campanha da Vivo no mês dos namorados, em que através da música "Eduardo e Monica" de Renato Russo, criou o filme contando a história dos personagens que utilizavam celulares, tablets e diversos outros produtos da operadora.
Também podemos reconhecer através da música determinados programas de TV e rádio, neste último mais ainda, por ser um meio de comunicação que não conta com imagens que prendam a atenção do seu ouvinte.
"Como "um meio cego", o rádio lança signos no éter e luta contra a fugacidade para perpetuar a sua mensagem na memória de seus rádio-ouvintes. Sem a possibilidade de retorno ou correção, o signo sonoro, efêmero e inscrito temporalmente, encontra em cada ouvinte a sua possibilidade de ressonância e, portanto, de perpetuação.
No entanto, concorrendo com inúmeras informações que chamam a atenção do seu rádio-ouvinte, o rádio recorre à redundância e aos seu poder de sugestão, a fim de retirar seu potencial ouvinte do estado de ouvir para o de escuta atenta e fazê-lo adentrar um universo permeado de elementos já há muito conhecidos, pois consta que desde quando em gestação vivia em um universo eminentemente sonoro-musical." (Rádio: Oralidade mediatizada / Julia Lucia de Oliveira Albano da Silva)
Em se tratando de trilha sonora para o cinema, deixo como dica o filme "O som do coração", que retrata o que a autora nos diz neste trecho final.
O vídeo a seguir é a última cena, onde podemos ver e sentir numa sequência com pouquíssimas falas, como a música se faz importante. Mesmo para quem não conhece a história, ela leva a um direcionamento até o seu desfecho. E vale a pena assitir ao filme, é lindo!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=DQzrtLpwyQI
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