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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Gazeta do amanhã

Surgido no século 7 a.C., o horóscopo continua em alta até hoje. Mas por que algo tão genérico e supersticioso se tornou tão popular? Não é possível que tantas pessoas acreditem em algo tão superficial em pleno século XXI. Acreditar que os astros ditam seu destino é tão cômico quanto acreditar que passar em baixo de uma escada dá azar.

Comparei o horóscopo de dois grandes jornais: Estadão e Folha de S. Paulo e  analisei o signo de "touro" (acabo de descobrir que é o meu).

Horóscopo Folha: “Dia de reunir a família e mostrar tudo de bacana que você aprontou para eles - e receber os elogios bem merecidos! Aproveite o embalo deste fim de semana para acertar assuntos relacionados a finanças. Decisões flexíveis cabem melhor.”

Horóscopo Estadão: “Condenar-se ao inferno eterno como resultado de alguns erros cometidos é um exagero. Sua consciência dirá que não, que nunca faria isso, porém, os remorsos e ressentimentos provam que a condenação está em andamento.”

Como podem ver, segundo as “divergentes previsões”, sou uma alma condenada, com problemas financeiros e tenho que reunir minha família e receber elogios por minha condenação... Pelo jeito os astro permitem uma leitura bem aberta a interpretações.

Olhe para o céu a noite e me diga quantas estrelas você consegue ver através da poluição e da iluminação da rua. Se forem três ou quatro corpos celestes, você está no lucro. Aqui vejo apenas três. Me desculpem, duas e um avião. Faça seu destino e pare de esperar soluções de pontinhos luminosos. 

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