O nome dele é João. Ainda está na metade do curso de jornalismo. É esforçado e escreve muito bem. Já está cansado de
ouvir falar de um tal de lide. É, aquelas perguntas básicas que a matéria deve
responder ao leitor. Andava pela rua tentando entender o porquê. Por que as
coisas tem que ser assim? Por que não podem ser de outro jeito? Pobre João...
Tem a Thainá. Uma maluquinha que também
faz jornalismo, tem a poesia na ponta da caneta, mas também enjoou desse lide
aí. Vivia no bar, tentando entender o quando. Quando eu vou arranjar um emprego
legal? Quando eu vou ganhar dinheiro? Mas ela sabe, tudo tem seu tempo...
A Thaís então, já pensou muito em
desistir desse tal jornalismo. Ô menina que tem boas ideias. Às vezes é duro,
parece que tudo vai dar errado, mas como dizem por aí, a parte mais escura da
noite é quando já está quase amanhecendo. Vivia na dela, pensando no o que. O
que eu quero para minha vida? O que me faz bem? Calma, vai ficar tudo bem...
O menino Lucas. Quantas vezes pensou em jogar tudo para o
alto, fazer um curso de inglês e viajar pelo mundo. Lia suas histórias em
quadrinhos pensando no como. Mas como vou viver se não for de jornalismo? Como
vou chegar lá? Se você quiser, você vai chegar...
A Juliana vive pensando se jornalismo é mesmo pra ela. Estuda,
estuda, estuda e não vai tão bem nas provas. Pensou bastante em desistir, agora
tenta compreender quem. Quem é o jornalismo? Quem é um bom jornalista? Pode ser
você, Juliana...
E a Mari. Bem, gosta tanto desse tal de jornalismo que passa
mais tempo na faculdade do que em casa. Cansada de se perder, passava horas
tentando entender o onde. Onde é o meu lugar? Onde eu vou me encontrar?
Acho que o jornalismo deixa as pessoas meio doidas. Elas
acham que podem mudar o mundo. Talvez elas possam, quando
conseguirem encontrar o lide delas. A mudança do mundo começa na gente. Mas às
vezes você tem que parar de se preocupar com o por que, quando, onde... E assim, dar
sentido à sua história.
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